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CAPÍTULO II - O ESPAÇO GEOGRÁFICO DE NOSSA TERRA

2.1 Nossa Terra, Nossa Gente

Nosso território do município de Várzea abrange uma área de 77,l Km², o que corresponde à 0,15% da superfície do estado do Rio Grande do Norte.
Várzea encontra-se em terrenos baixos e planos que margeiam os cursos d’água. Com esta características de localização, fazendo jus ao nome, encontramos a sede do município. A mesma localiza-se a uma distância de 84 Km da Capital. Limita-se com os seguintes municípios: ao norte com Jundiá; ao sul com Nova Cruz; ao leste com Espírito Santo e a oeste com Santo Antonio.
O município de Várzea pertence à microrregião denominada de “Agreste Potiguar” (IBGE), e está enquadrado no Litoral Oriente, segundo o planejamento de zonas homogêneas do Estado (IDEC-l997).
A mesorregião do Agreste Potiguar resulta da formação de três microrregiões; de Baixa Verde, do Agreste Potiguar e da Borborema Potiguar, no conjunto dezenas de municípios.
Considerando a mesorregião nas suas formas físico-ambientais, ao norte localiza-se uma estreita faixa da formação sedimentar do arenito Açu e larga faixa do Calcário Jandaíra. Do centro até o sul o embasamento é formado pelo cristalino (rochas do período pré-colombiano). A mesorregião do Agreste Potiguar constitui-se o menor espaço das messorregiões do território do Rio Grande do Norte.
Na morfologia do relevo, do centro para o note da mesorregião, distingue-se a Chapada da Serra Verde formada por terrenos planos pouco elevados, e localiza-se entre os tabuleiros costeiros sobre embasamento sedimentar do denominado “Sertão de Pedras”,de geologia cristalina. Todo centro e grande parte sul da mesorregião a morfologia é da Depressão Sublitorânea, enquanto nas bordas identifica-se o Planalto da Borborema, que limita o território com o Estado da Paraíba. Os pontos de maiores altitudes a Serra de Jaçanã (662m), e a Serra de São Pedro (370m).
O território de Várzea encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos dos complexos Presidente Juscelino e Serrinha-Pedro Velho, pelos sedimentos do Grupo Barreiras e dos depósitos Colúvio-eluciais. No Relevo varzeano envontra-se terrenos rebaixados, localizados entre duas formas de relevo de maior altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da Borborema. O municipio possui de l00 a 200 metros de altitude. (IDEMA-l999).
Os solos da mesorregião ao norte são arenosos (areia quartizosa latossolo vermelho, amarelo e regossol), área do solo calcário (rendzina); no centro da mesorregião, tipo de solo salinos (solonchak solonetz solodizado, planasol solódico); solos calcários que se estendem em grande área até o sul; repetem-se áreas de solo arenoso e calcário; nas bordas do sul da mesorregião identifica-se os solos pedregosos (litólicos, eutróficos, Bruno não cálcico).
O solo predominante em nosso território são: Planosol Solódico e latosolo Vermelho Amarelo Distrófico(IDEMA-l999)
Na Mesorregião do Agreste Potiguar domina o clima semi-árido, estendendo-se de norte para o sul, uma estreita faixa do clima tropical quente, úmido e subúmido, que se alarga na mesorregião do Leste Potiguar até o litoral. A pluviosidade média ao norte da Mesorregião do Agreste Potiguar entre entre 600 a 800 mm anuais, enquanto no centro estende-se parte dessa pluviosidade; até o limite com a Mesorregião Centro Potiguar as precipitações intensificam-se e as médias de 800 a l.000 mm, do centro para o sul da mesorregião, em grande área as médias das precipitações são de 400 a 600 mm; na mesma mesorregião as médias baixam para menos de 400 mm ao se aproximar da mesorregião da Central Potiguar.
O município de Várzea possui um clima do tipo muito quente e semi-árido com estação chuvosa atrasando-se para o outono, período chuvoso de março a julho, temperaturas: máxima anual em torno de 32,0 ºC, média anual em torno de 25,6ºC e mínima anual em torno de 21,oºC, e umidade relativa média anual de 72%(IDEMA-l999).
Na vegetação da Mesorregião do Agreste Potiguar, predomina a vegetação da caatinga – formada por plantas adaptadas ao clima Semi-Árido ou Tropical Quente e Seco, esse tipo de vegetação, que sobrevive com pouca água, chagando a perder suas folhas nos períodos de maior estiagem, abrange 80% do território do Rio Grande do Norte. A utilização de queimadas para limpar terrenos destinados, bem como o aproveitamento da madeira das árvores na construção civil e na produção do carvão e construção de cercas, vêm contribuindo para o desaparecimento progressivo desse tipo de vegetação. As plantas mais representativas da Caatinga, são: jurema, pau-branco, xique-xique, mandacaru, catingueira, aroeira, angicos e imburana.
Na formação vegetal do município possui Floresta Subcaducifólia – vegetação que se caracteriza pela queda das folhas das árvores durante o período seco; Caatinga Hipoxerófila – vegetação de clima semi-árido, apresenta arbustos e árvores com espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerófila. Entre outras espécies destacam-se a catingueira, angico, juazeiro, brauna, marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro, e aroeira. Campo de Várzea – vegetação que ocorre nas várzeas úmidas e periferia de cursos d’água, constitui-se, principalmente, por espécies herbáceas da família das gramíneas e ciperáceas. Entre outras espécies destacam-se a baronesa, junco e periperi (IDEMA-l999).
No entanto, apesar de pertencerem a diferentes regiões o Ministério incluiu mais sete municípios no semi-árido, esses municípios foram incluídos por apresentarem precipitação pluviométrica menor que 800 milímetros e risco de seca de até 60%.
Do Rio Grande do Norte fazem parte agora os município de Brejinho, Lagoa de Pedras, Macaíba, Monte Alegre, Passagem, Vera Cruz e inclusive o nosso município de Várzea, o semi-árido tem características distintas. É uma região onde chove pouco, a temperatura é elevada e a predominância da vegetação é de caatinga, com solo que retém pouca umidade.

O mandacaru, planta que simboliza a região nordestina brasileira, se adapta a longos períodos de seca e solos pedregosos.
A rede hidrográfica, a menos favorecida das mesorregião, de rios perenes, no baixo curso, e desembocam no oceano. Destacam-se a bacia do Potengi rio que banha os municípios de Cerro Cora, São Tomé, São Paulo do Potengi e Ielmo Marinho, eo rio Inharé onde localiza-se o açude de Inharé no município de Santa Cruz; o rio Trairi o açude Trairi no município de Tangará, o rio Japi, o açude Japi II no município de S.Jose de Campestre, e a bacia do rio Jacu, que nasce na Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte através do município de Japi. Banha vários municípios do nosso Estado, inclusive o município de Várzea, e quando chega ao município de Goianinha, forma uma várzea com solos férteis, indo desaguar no oceano também através da lagoa de Guaraíba.
O município de Várzea encontra-se totalmente inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Jacu. Os principais tributários são os riachos de Várzea, do Alívio, Tamanduá, Salvado, do Meu, do prego,. Os principais corpos de acumulação são as lagoas: do Almoço, do Cipoal e do Jenipapo, e o açude comunitário Nova Esperança (5000.000m³).O padrão da drenagem é o dendrítico e os cursos d’água têm regime intermitente.
O rio que banha nossa cidade é o rio joca, o mesmo nasce depois de São José do Campestre, encontrando se com o rio jatobá, sendo os dois afluentes do rio jacu; suas condições nos levou a fazemos uma pesquisa sobre o mesmo, com base na pesquisa apresentamos informações de suas condições no passado e como o rio “joca” encontra-se atualmente.
O rio várzea, como também era conhecido; o rio joca, era banhado de águas cristalinas, desta água incolor e potável era possível cavar cacimbas para tomar banho e até beber, além da utilização na pesca; no inverno dava a transparecer uma cachoeira, com faixa de mil pés de coqueiros e uma vegetação nativa composta de plantas como o umaré, mulungu e uma variedade de gramíneas, além de uma diversidade de espécies de peixes como a tilápia, piaba, jacundá, curimatan, entre outras, bem como o camarão de água doce, pois o rio encontrava-se limpo e preservado, sendo assim uma das fontes de alimentação de alguns familiares ribeirinha.
Figura 07 – Foto do Rio Joca na cidade deVárzea/RN
Com o passar do tempo, ou seja, hoje a então natureza bela que cercava as margens do rio joca, onde o ar puro que se respirava, já não existe mais; a vegetação original está devastada, as poucas que ainda existe, não é preservada, e a diversidade de espécies de peixes que antes existia, constata-se que não existe mais vida em suas águas. A atual paisagem do rio joca, sua margem e o curso d’água, está tudo modificado, muitas casas foram construídas, o que contribuiu para devastação da vegetação de suas várzeas; – origem do nome de nossa cidade –; com essas constantes construções o rio foi enlarguecendo e sendo soterrado, ficando cada vez mais raso, e o curso de suas águas é descentralizado, ocasionando enchentes nas ruas mais próximas do rio – a maior cheia ocorreu em 16 de julho de 1964 -. A construção dessas casas também contribuiu para a poluição do rio joca, o mesmo encontra-se cercado de lixo, além dos esgotos que são despejados dentro do rio.
Nessas condições, o rio joca virou um lugar de disseminação de insetos que vivem ao montante de lixos e águas de esgotos, além do mal cheiro. Diante desse fato, constata-se a real condições do rio joca. O mesmo encontra-se em alerta, necessitando de um trabalho urgente de conscientização e preservação do rio que pede socorro.
No se refere as água subterrâneas, o município de várzea está inserido no Domínio Hiidrogeológicos Intersticial e no Domínio Hidrogeológico Fissural. O Domínio Intersficial é constituído de rochas sedimentares do Grupo Barreiras e dos Depósitos Colúvio-eluviais. O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que engloba o sub-domínio rochas ígneas constituído do Complexo Serrinha-Pedro Velho e do Complexo Presidente Juscelino.
Os centros regionais possuem melhores serviçso de atendimento a população, rodovias de ligação para outros municípios, transportes e comunicações. Entre as cidades mais populosas do Rio Grande do Norte estão João Câmara , Nova Cruz, Santa Cruz e Santo Antonio. Quanto à taxa de crescimento geométrico, são poucos os municípios de crescimento alto e maior número de crescimento médio, e grande número de municípios de crescimento negativo e insignificante.
A população do município de Várzea, segundo o CENSO 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, é de 5.002 habitantes, sendo que 4.035 vivem na área urbana (80,60%) e 970 na área rural (19,40%). isso depois da separação da população, realizada pela criação e instalação do município de Jundiá. Depois da realização desse Senso, não houve nenhuma contagem oficial da população do município de Várzea. No entanto, vários órgãos públicos fazem estimativa da população atual, desntre eles, destacamos o próprio IBGE, que nos anos seguintes, após o censo, realiza estimativas oficiais.
O IBGE divulgou em 2005, estimativas populacionais em todo o Brasil. Para o município de Várzea, a população estimada é de 4.893 habitantes(IBGE).
Tomando como base na estimativa realizada em 2005 em relação ao último Censo de 2000, tivemos uma redução na população de aproximadamente 2,6%. Assim como o que vem ocorrendo na maioria das cidades da mesorregião Agreste, a população do município de Várzea também vem registrando uma taxa de crescimento negativo.
Um dos fatores que devemos considerar , para que se identifique a população do nosso município, é a migração e emigração que ocorre em nossa cidade. A população varzeana tem, pode-se dizer ramificações em vários estados da união e em vários municípios do nosso próprio estado. E sempre que surge uma oportunidade de trabalho em um outro estado, o parente distante convida-o para ir embora. Essa é uma sena que ocorre com freqüência em Várzea, é pois um dos vários outros motivos que faz com que a população varzeana sofra oscilações no número de habitantes dessa cidade. Tem sempre alguém retornando ou saindo de nosso município. E esse fato faz com que nossa população seja de difícil totalização, o próprio censo, reflete a situação em determinado período. O próprio Instituto de Geografia e Estatística – IBGE, faz ressalva nos seus dados, não só para Várzea como para todo o país.
Essa oscilação que ocorre na população, é reflexo da migração que ocorrem em todas as cidades do país, migração é a transferência de população pelo espaço geográfico ou deslocamento de pessoas, que pode ser permanente ou temporário. Ao se deslocarem de seu lugar de origem, as pessoas são chamadas de migrantes.
Embora existam diversas causas que levam as pessoas a abandonar seu lugar de origem, a grande maioria dos migrantes o faz por motivos econômicos, ligados ao desemprego ou aos baixos salários. Além da busca por melhores condições de vida, ligadas a causas econômicas, existem outras razões que levam as pessoas a migrar: fenômenos naturais, políticos e mesmo vontade de morar em outro lugar.



O que eu acho que define o homem brasileiro é a rapidez da sua adaptação. É a sua miscigenação mental. O pau-de-arara, quatro anos depois, em Sãopaulo, é tão paulista como o caipira de Santos ou Piracicaba. No Amazonas ninguém pode diferenciar o cearense de um local. assim, vejo a facilidade de adaptação do brasileiro em toda a parte: em Portugal na Espanha, na França, só é diferente na pele, na memória, mas os hábitos, as interjeições, o andar, são impecáveis. (LUÍS DA CÃMARA CASCUDO,1999,p.24).

Em nossa cidade é bem freqüente a imigração de pessoas que deixam nossa cidade, principalmente por falta de trabalho, além dos mais variados motivos que levam essas pessoas a deixarem sua cidade origem.
Alguns conterrâneos juntaram o pouco que tinham e ganharam as estradas da vida, em busca de grandes realizações ou de melhores condições de vida, já que a nossa terra não tinha trabalho a lhes oferecer.
Destacaremos alguns exemplos de imigração ocorridos em nossa cidade. Relataremos entrevistas de pessoas que foram em busca de melhores dias, cidadãos que saíram de sua cidade de origem, atrás de um sonho de sucesso nas grandes metrópoles. Com esses varzeanos não foi diferente. Mas como todo bom filho, aqui voltaram para passear e têm muito a nos contar:
O nosso primeiro entrevistado é o Sr. Valdir Fernandes da Silva, natural de Várzea, o mesmo partiu de sua terra em 1970 para o Rio de Janeiro; quando perguntado o porque saiu de Várzea, o entrevistado respondeu:
“Na época, trabalhava na prefeitura Municipal de várzea, cujo prefeito era o Sr. Severino Florêncio Sobrinho, porém os serviços eram poucos e os ganhos também, foi aí que me veio a idéia de ir tentar a sorte no Rio de Janeiro”.
Quando perguntado como vive hoje, o entrevista respondeu com firmeza:
“Pretendo voltar a minha terra de origem. Trabalhei durante vários anos como balconista, tive grandes realizações, e agora quero descansar. E o melhor lugar para isso é a minha cidade”.
Tem vontade de retornar para a cidade?
“Sim. É tanto que logo estarei de volta. Quero apenas regularizar a minha situação junto ao INSS e estarei morando em minha cidade com a minha família”.
A nossa próxima entrevistada é a Srª. Maria Salete da Silva, natural de Várzea, tendo mudado em 1981 para o estado de São Paulo.
Porque a Senhora saiu de Várzea?
“Na época, eu e meu esposo sentimos muita dificuldades para criar os filhos aqui em Várzea, e como tinha o meu irmão Cirineu morando em São Paulo, nós nos comunicamos com ele e então, ele nos incentivou a ir tentar a sorte em São Paulo”.
Depois perguntamos como é que vive hoje em São Paulo e se tem vontade de retornar a morar em Várzea; a entrevistada respondeu:
“Continuo morando em São Paulo, ande criei com muito louvor os meus filhos e hoje acompanho de perto o crescimento de meus netos. Se tenho vontade de retornar a Várzea para morar, não tenho, porque os meus filhos estão praticamente todos casados e com residências fixas em São Paulo. Tenho netos e muitos amigos. Se eu não tivesse saído daqui, sabia que hoje estaria bem melhor de se viver em Várzea, pois a situação melhorou e talvez não pensasse em sair. Más já que saí, procurei me adaptar no novo lugar”.
A terceira entrevista foi com: Maria de Fátima da Silva Rodrigues, natural de Várzea, a mesma partiu para morar em Natal no ano de 1978:
Porque saiu de Várzea? Feito essa pergunta, a entrevistada respondeu:
“Meus pais foram morar em Natal, então tive que acompanha-los. Lá casei, e como ele trabalha na Petrobrás e está sujeito a transferências para outros lugares tenho que que acompanha-lo”.
Como vive hoje? Você tem vontade de retornar a morar em Várzea? A senhora Maria de Fátima da Silva Rodrigues, respondeu:
“Atualmente estamos morando em Manaus/AM, dedico o tempo ao meu marido e a educação de minha filha. Se tenho vontade de voltar a morar em Várzea, meu esposo fala em vir morar aqui quando se aposentar, por enquanto tenho ir para onde ele for”.
Nas entrevista dadas pelos nativos, que foram embora morar em grandes centros do País, verificamos, que os entrevistados, tomaram essa decisão de deixar sua cidade, devido as precárias condições da mesma, pois o nosso município não oferece muitas opções de crescimento profissional, muitos que aqui vivem, não tem se quer um “bico” para conseguir o sustento de seus familiares, o que leva uma boa quantidade da população viverem em péssimas condições de vida. O resultada da pesquisa feita com essas pessoas, retrata a realidade de muitos cidadãos varzeanos que deixam sua terra por imposição para irem em busca de sobrevivência, indo em busca do que todos os cidadãos brasileiros deveriam ter direito, como: moradia, saúde, educação, alimentação, entre outros, que são necessidades básicas para que qualquer cidadão viva dignamente. No entanto o nosso País não oferece esses direitos a todos o brasileiros.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, a cidadania não se restringe somente ao campo do Direito: a cidadania como a possibilidade de permanência e de integração no lugar de origem.
Em contra partida aos relatos que vimos anteriormente, baseado na pesquisa feita por nós, iremos traçar o perfil de cidadãos emigrantes, pessoas que deixaram suas terras de origem e partiram para viver em nossa terra. Essas pessoas, adotaram nossa cidade e aqui relatam o porque da escolha de nossa terra para viver.
A primeira entrevistada é a Srª. Risolita Ribeiro Ferreira, uma agropecuarista, que saiu de sua cidade Aracagi na Paraíba em 20 de novembro de l967, para fixar residência em Várzea. Mulher firme, e dona de uma força singular, comanda hoje uma família respeitada por toda região Agreste. Ficou viúva muito nova, mas soube educar seus filhos com garra e coragem.
Quando perguntado o que lhe atraiu para Várzea, a entrevista respondeu o seguinte:
“Devido às circunstâncias do meu esposo ter comprado do Sr. Adauto Rocha, essa propriedade que hoje nos pertence, nós viemos para cá com toda família, para morar e administrar a propriedade”.
Desde a sua chegada até os dias atuais você percebeu algumas mudanças na cidade?
“Demais. Quando chegamos aqui, Várzea era muito pequena, não tinha água encanada, não tinha telefone, poucas ruas calçadas. Praticamente só existiam três ou quatro ruas”.
Tem vontade de deixar a cidade? De imediato a entrevista respondeu:
“Não, tenho muitos laços dentro do município. Tenho filhos, netos e bisneto”.
O nosso segundo entrevista vindo de Goianinha, em 20 de janeiro de 1971, é o Sr. Adalberto Fernandes Cortes, conhecido fazendeiro da cidade. O mês mesmo respondeu as seguinte perguntas:
O que lhe atraiu para Várzea?
“Parentescos e a intenção de explorar o campo, pois via nas terras varzeanas um solo apropriado para explorar as atividades agropecuárias”.
De quando você chegou para os dias atuais você percebeu alguma mudança na cidade?
“Constantemente houveram mudanças e esses se acentuaram mais com a administração do atual prefeito, tais como: aprimoramento na educação, no esporte, de sua visão assistencial ao pequeno agricultor”.
Tem vontade de deixar a cidade?
“Aqui confesso que apesar de ser tido como um não varzeano, tive o umbigo enterrado na porteira de um curral da Fazenda Riacho do Mel de Cima. Tradição de família, que praticavam para dotar o futuro daquela criança como prospero fazendeiro”. (Ressaltou que era um costume antigo).
Nosso próximo entrevistado é o funcionário público, Edivaldo da Silva Bandeira, chegou à cidade de Várzea em 1982, vindo de Rio Tinto na Paraíba acompanhando seus pais e irmãos, que fixaram residência desde então.
O que lhe atraiu para Várzea? Feito essa pergunta o entrevistado respondeu o seguinte:
“Na época eu estava desempregado e como meus pais decidiram vir morar em Várzea, onde já residia alguma tias, irmãs de minha mãe, morando na cidade, tive que vir com eles”.
Desde a sua chegada até os dias atuais você percebeu algumas mudanças na cidade?
“Quando eu cheguei em Várzea, vindo de São Paulo, foi praticamente um choque. A cidade não existia opção de lazer. Hoje Várzea tem ginásio de esportes, clube com piscinas, água encanada, telefone público a vontade, a cidade está praticamente toda asfaltada. Só o que sinto falta em nossa cidade é da preservação do meio ambiente”.
Quando perguntado se tem vontade de deixar a cidade, a resposta do entrevistado foi:
“Não, tenho vínculos sociais muitos forte em Várzea. Tenho esposa, filhos,pais e vários amigos. Espero sim, contribuir cada vez mais com a educação e cultura do povo varzeano”.
O sr. Luiz Vidal Junior, é próximo entrevistado, é um comerciante promissor de Lagoa Dantas/RN, que deixou sua cidade em 17 de fevereiro de 2000 e veio proporcionar a nossa um progresso econômico surpreendente. Quando perguntado o que lhe atraiu para Várzea o entrevistado respondeu:
“Oportunidade de negócio no ramo de mercadinho, pois a cidade não tinha um estruturado. Hoje temos um supermercado no município”.
De quando você chegou para os dias atuais você percebeu algumas mudanças? E se tem vontade de deixar a cidade.
“Melhorou. A limpeza publica está melhor, a cidade ganhou novos calçamentos, o fluxo de pessoas na cidade está maior. E se tenho vontade de deixar a cidade, não, pois penso em expandir às minhas atividades comerciais”.
Essas pessoas e muitas outras que para Nossa Terra vieram, aqui encontraram oportunidades que nossa cidade ofereceu, além de encontrarem uma comunidade pacífica e um povo hospitaleiro que gosta de receber seus visitantes, encontraram também um lugar que lhes ofereceu, liberdade, tranqüilidade e segurança. Hoje, esses varzeanos de coração também fazem parte de nossa história e do desenvolvimento desse município.
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Beto Bello

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