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ARRASTÃO: 'TAMOS' DE OVÁRIO CHEIO DE VIOLÊNCIA'

ARRASTÃO: 'TAMOS' DE OVÁRIO CHEIO DE VIOLÊNCIA'
Amanhã sei que estarei mudo, hoje não!
por isso mesmo, canto o que falo,
não calo, eu tenho a vez e a voz
por isso mesmo, canto o que falo, não paro
mesmo que seja o meu cantar sozinho
sem ninguém, eu ouso soltar a voz, eu me ouço
mesmo que seja no banho, no banheiro lá de casa
ao me lavar debaixo da ducha fria,
eu insisto em cantar, não entalo
Eu não lavo as mãos para a situação
de perigo que aí está, eu encaro
eu desato a minha garganta e grito,
sem medo, de me revelar, eu canto
na tentativa de desacatar o seu silêncio.
porque o que posso cantar
afasta toda e qualquer ziguizira.
A voz do povo é que manda.
O povo é o dono da voz,
Minha gente, vamos lá! mudar o mundo
Vamos fazer a coisa mudar,
pois mundo calado
não muda não, ouviu?
Só televisão não basta, 'emburrece' demais
deixa a vista torta e a boca cega,
e a moça mórbida, viu?
todos parecem estar mudos
ou querem surdos ficar?
Se a gente não gritar,
e parar de cruzar os braços,
o bicho pode pegar, e chegar à nossa casa,
e levar as nossas crianças, porque
'tamos de ovário cheio de violência',
nos becos, nas ruas e nos centros das cidades
é grande o medo, o receio que nos assalta,
a todo instante no arrastão que nos assola.
E não é devaneio não, viu?
Vamos berrar nosso canto, abrir a voz,
enquanto se pode abrir o verbo e cantar,
antes que estejamos mudos,
e com a boca cheia de formiga.

Autor: João Maria Ludugero da Silva
(Em 26 de Dezembro de 2008)
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Beto Bello

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