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VÁRZEA: O QUE QUEREMOS CONSTRUIR EM 2009?

VÁRZEA: O QUE QUEREMOS CONSTRUIR EM 2009?

Mais do que terminar um ano, o que realmente queremos?
Mais um ano se encerra. Fato que nos traz novas perspectivas, pois uma nova etapa está começando. Ou melhor, já começou. Então, o que nos resta senão continuar na busca por novas conquistas e trabalhar para solucionar questões que nos incomodam, partindo de uma visão geral e pontual do que se nos apresenta no momento para as nossas vidas e para a nossa cidade de Várzea.
Se nos detivermos apenas em crises ou a chorar o leite derramado, ou prostrados nos seus reflexos, iremos paralisar nossas ações, o que resultará em inexpressivas realizações no ano vindouro.

"Existe uma ave a que os fenícios dão o nome de Fênix.
Não se alimenta de grãos ou ervas, mas das lágrimas
do incenso e do suco de amônia.
Quando completa cinco séculos de vida,
constrói um ninho no alto de uma grande palmeira,
feito de folhas de canela, do aromático nardo e da mirra avermelhada.
Ali se acomoda e termina a vida entre perfumes.
De suas cinzas, renasce uma pequena Fênix,
que viverá outros cinco séculos...
Assim também é a natureza
e tudo que nela existe e persiste".
(Ovídeo, em "Metamorfoses")

.

Eu, João Maria Ludugero da Silva, na qualidade de escritor e formador de opinião, gostaria de levá-los a uma reflexão. Não se esqueçam de lembrar que pessoas resilientes conseguem "fazer do limão uma limonada", "vender lenços enquanto todos choram", rir de suas próprias limitações. Essas pessoas conseguem ver na vida muito mais do que trabalhar para pagar contas, para agradar seja lá a quem for, para garantir fama e reconhecimento. Essas pessoas trabalham por si mesmas, e pela humanidade que criam ao redor de si, ignorando outras criadas por pessoas cujo único significado da vida se encerra no dia após o outro. Mas o que significa "resiliência", o que vem a ser isso?

A resiliência é um conceito muito valorizado atualmente. Ela é a capacidade de superar adversidades sem se despedaçar. A pessoa resiliente é dura na queda: enfrenta crises, sofre perdas, encara fracassos e continua firme, não desiste de seus objetivos. Parece até que quanto mais problemas enfrenta, mais forte fica.
Resiliência é uma palavra associada a quem passou por momentos muito difíceis. O termo vem da Física e refere-se à propriedade que um material tem de retornar à forma original, após ter sido exposto a alguma tensão ou pressão. No sentido figurado, resiliência é a habilidade que uma pessoa tem de resistir a situações críticas, sendo capaz de rapidamente retornar ao estado mental original, após enfrentar uma grande dificuldade. Está, assim, ligada à flexibilidade, à adaptação e à recuperação.


Em outras palavras, resiliência é o dom de ser Fênix, que todos temos (mas nem todos sabemos). Fênix, a ave que renasce das próprias cinzas algum tempo depois de ter entrado em combustão espontânea, costuma ser lembrada quando nos referimos a quem desceu ao mais fundo da alma, conheceu a própria destruição (simbólica ou real) e ressurge mais forte, após enfrentar uma grave crise (ou seja, caiu, levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima).

Indivíduos resilientes sonham alto, e os seus sonhos envolvem outras pessoas, que provavelmente se inspirarão com seus exemplos de humanidade e senso coletivo. O que essas criaturas têm em comum é a capacidade de estar frente a um destino que não pode ser alterado e, assim mesmo, ascendem além dos limites que lhe são conferidos, transformando o que seria uma tragédia, em vitória.

As pessoas resilientes enfrentam os desafios, de forma diferenciada, dos que não são, porque projeta para si, o sentido de lutar pela consistência de seus sentimentos; enfrentam as situações com bom humor, e fazem do amor incondicional que evidenciam pela vida e pelas pessoas à sua volta o motor de sua sobrevivência e da auto-superação.

Não é de se estranhar que essa característica seja tão valorizada. O mundo é imprevisível, e a qualquer momento podemos enfrentar situações críticas, turbulências, mudanças que inviabilizam nossos projetos de vida. O mundo de hoje não nos oferece garantia de nada. Nós é que temos de nos garantir, tendo o preparo necessário para enfrentar as situações inesperadas.

Penso que, para poder se levantar de um tombo assim, é preciso ter humildade para reconhecer a queda, encontrar a própria força interior, recompor-se, reerguer-se, aprumar-se e seguir em frente, principalmente porque esse tipo de tombo estraçalha o ego, ou seja, estilhaça a redoma dentro da qual procuramos proteção e deixa exposta uma ferida que causa enorme dor. Entretanto, como não há mal que sempre dure, a dor passará e seremos curados. No processo de cura, ficaremos ainda mais fortes do que éramos antes, porque, a cada crise ficamos menos vulneráveis.

As experiências pessoais afetam o "Eu" a todo instante e, em sua ciranda, a vida segue, agregando a si os novos valores presenteados por essas experiências. Porém, nada - nem ninguém - fica absolutamente incólume a uma crise. Igualmente, nada é absolutamente reversível. Então, é possível ampliar o conceito: além da capacidade que uma pessoa tem de retornar ao estado original, após enfrentar uma dada situação, resiliência consiste na capacidade que temos de superar determinada adversidade, aprender com ela, contar as bênçãos recebidas e seguir em frente de cabeça erguida.

Tudo isso exige uma boa dose de força interior, autoconfiança e determinação, foco, disciplina, coerência, paciência, tolerância, humildade, perdão e, sobretudo, fé, mas também traz uma grande transformação pessoal e a vida ganha novo significado, muitas vezes muito melhor do que aquele que tinha antes de tudo acontecer.

O que é interessante sobre a resiliência é o modo de agir durante o processo de restauração. Em geral, pessoas resilientes reconhecem a crise que atravessam, admitem sua responsabilidade e jamais atribuem a outros a causa de suas dificuldades ou atropelos. Mesmo nos momentos mais dramáticos, as pessoas resilientes sabem que, uma vez superada a adversidade, é preciso deixar o passado para trás e buscar a felicidade, sempre.

Acredito que a chave da resiliência está na forma como se interpretam as experiências difíceis e estressantes da vida. Revoltar-se contra essas situações, encará-las com pessimismo ou reclamar como o mundo é injusto - que é a atitude de muita gente - não leva a nada. Mas quando se consideram as crises e dificuldades como fatos naturais da vida, que nos proporcionam oportunidades de crescimento, é possível enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência.

Se em 2009, você realmente pretende desenvolver a qualidade de ser um cidadão varzeano resiliente, que comece a interpretar as dificuldades como desafios e dirija sua energia para superá-los, não para lamentá-los. Tire proveito deles para desenvolver novas competências e se fortalecer. Ao assumir essa postura e repeti-la ao longo do tempo, chegará um momento em que nada poderá abalar sua autoconfiança, pois você já terá passado por muita coisa e saberá que tudo dá certo no final. Então compreenderá que resiliência não é um "poder especial" que algumas pessoas têm, mas, simplesmente, uma atitude perante a vida.

Se for necessário, seja como a Fênix, renasça das cinzas!
Se cair, não fique prostrado. Lembre-se: É na queda que a água ganha força!
Nunca esqueça disso. A vida tem dessas cores. Não é feita só de cinzas. Mas...
É única e vale a pena ser vivida, em todos os seus momentos, com intensidade.
A reflexão está lançada. Pense nisso!
Feliz 2009. Feliz cidade Várzea!

ESCRITOR: JOÃO MARIA LUDUGERO DA SILVA
(18 de dezembro de 2008).
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Beto Bello

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