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CHEIRO VARZEANO DE FLOR

CHEIRO VARZEANO DE FLOR
AUTOR: Ludugero, em 27.01.2009.
Várzea, minha pequena
só me acalmo com teu abraço forte
em meio ao cheiro suave de hortelã
que vem do quintal de Dona Sinhá
sou fã do pôr-do-sol lá do açude do Calango
sou dono de nada
e de madrugadas enluaradas,
sou varzeano
Eu amo minha terra,
estrada de chão, meu retiro
minha Lapa, meu Trapiá,
meu cheiro de mato e flores silvestres,
meu torrão potiguar
tapiocas e beijus feitos na farinhada
o dia todo e noite a dentro
café moído na hora,
seu cheiro vai longe, me leva longe...
Adoro comida no fogão de lenha de dona Lourdes lá do Vapor de Zuquinha,
eta que tempinho bom!
gosto do cheiro do verde da terra
do alto dos Rodrigues
e do tempero tirados da horta dos Caicos
gosto das boas lembranças
dos tempos idos e vividos
lá do arisco do seu Virgílio de dona Bena
das mangas caindo de maduras, rosas e espadas, cajus amarelos e encarnados
de chupar cana
lá da outra banda do rio Joca,
mais precisamente no alpendre
de dona Maria Marreiros.

Sou assim - não exijo muito da vida, não
gosto de jenipapo,
fruto do mato lá do Angico
nascido entre as plantas,
marmeleiros e bichos
quando tudo é cinza: meu sonho é verde.
sou tal qual cavalo solto
que brinca perto dos Seixos
sou signo de liberdade,
sou 'Ré da Viúva' a aboiar sua sina,
bem perto das barbas de São Pedro,
chaveiro do céu
Sou varzeano, sim senhor!
Graças a Deus!
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Beto Bello

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