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AMOR AOS PEDAÇOS!
Autor: Ludugero, 13/02/2009.
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Eu saí de Várzea (acho que nunca saí),
mas Várzea sempre viaja dentro e mim.
Se me procurares com certeza vais me encontrar
em cada pedaço daquele lugar...
Se eu estou longe de Várzea,
estou pela metade
Estou metade do céu
que consegues vislumbrar.
A outra metade é um vazio,
um vácuo colossal
onde já não me escondo:
na minha cara está escrito
"Várzea"!
Eu bem me conheço. Deus sabe.
Não sei se anoiteço quando amanheço!
Só sei que anoiteço Várzea
e com ela amanheço... de verdade.
Eu sou metade da sua aurora
Eu sou metade de suas águas
Eu sou metade de lágrimas
(Afinal, homem também chora!)
Eu sou metade do seu Calango,
A saudade, essa não é pela metade,
é total, é inteira!
Eu sou metade do açude,
que entre as neblinas afaga as flores,
os juncos, os marmeleiros e os muçambês.
A outra metade é uma promessa
que fiz com chave de ouro
com o apóstolo São Pedro,
de enquanto viver amar esse meu querido chão
esse rincão do agreste potiguar:
minha Várzea!
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VNT Online, postado em 18/03/2009
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