O OUTRO: ARREGAÇANDO AS MANGAS!
Autor: Ludugero, 13/04/2009.
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Minha face (re)marcada manga do tempo boquiaberto.
Ela ri do verbo mangar, mas que língua é essa?
Ela deu pra caçoar de mim,
afetando minha seriedade de homem sisudo
Eu zombo dela que cansou de me iludir.
Agora quero ver quem é
que vai me deixar à míngua!
Pago pra ver ela troçar do meu jeito de ser,
do meu olhar firme-direto, escorreito, inquieto, afoito!
Ora, quero ir para um onde de leitos macios
e quiçá outros antros aguados de vinho,
quero fazer meu próprio bacanal!
quero comas que me aguardam para alhures
(alhures? é terreno fértil adubado em crânio dizem-que-insano)
Mas porque não? Um dia a gente se cansa
de ser assim tão sério
e recomeça por arregaçar as mangas!
Quero olhar a vida com outros olhos, com unhas e dentes,
alheio aos que se enfurnam em rugas, além das minhas
não quero me espantar, desenferrujar os dentes, morder a vida
quero ser minha língua, minha potência, minha própria íngua
cansei de tuas fugas retas de realidades-ficção, papar meus bichos!
Quero me achar, ser solitude, solidão e pintar o sete
quero esquecer em casa régua e relógio, quero desopilar!
quero ter recreios breves gozados, quero entrar de férias,
quero teus intervalos-curvas, teus desafios, quero teu cio no meu
quero afastar teus guizos, tuas escoras, teus comprimidos
quero um eu mais assustador, quero nós inteiros, nus
um surto que abunda, teu busto, tua arte
quero teu ventre-elo surrupiado, de súbito!
Quero ser assaz distante-e-logo,
incerto e perto das tuas fartas coxas,
quero tua boca na minha, sem freio,
demais, um tanto ontem-agora-já eu quero tudo,
quero-me feio-patinho-beleza, de qualquer jeito!
Autor: Ludugero, 13/04/2009.
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Minha face (re)marcada manga do tempo boquiaberto.
Ela ri do verbo mangar, mas que língua é essa?
Ela deu pra caçoar de mim,
afetando minha seriedade de homem sisudo
Eu zombo dela que cansou de me iludir.
Agora quero ver quem é
que vai me deixar à míngua!
Pago pra ver ela troçar do meu jeito de ser,
do meu olhar firme-direto, escorreito, inquieto, afoito!
Ora, quero ir para um onde de leitos macios
e quiçá outros antros aguados de vinho,
quero fazer meu próprio bacanal!
quero comas que me aguardam para alhures
(alhures? é terreno fértil adubado em crânio dizem-que-insano)
Mas porque não? Um dia a gente se cansa
de ser assim tão sério
e recomeça por arregaçar as mangas!
Quero olhar a vida com outros olhos, com unhas e dentes,
alheio aos que se enfurnam em rugas, além das minhas
não quero me espantar, desenferrujar os dentes, morder a vida
quero ser minha língua, minha potência, minha própria íngua
cansei de tuas fugas retas de realidades-ficção, papar meus bichos!
Quero me achar, ser solitude, solidão e pintar o sete
quero esquecer em casa régua e relógio, quero desopilar!
quero ter recreios breves gozados, quero entrar de férias,
quero teus intervalos-curvas, teus desafios, quero teu cio no meu
quero afastar teus guizos, tuas escoras, teus comprimidos
quero um eu mais assustador, quero nós inteiros, nus
um surto que abunda, teu busto, tua arte
quero teu ventre-elo surrupiado, de súbito!
Quero ser assaz distante-e-logo,
incerto e perto das tuas fartas coxas,
quero tua boca na minha, sem freio,
demais, um tanto ontem-agora-já eu quero tudo,
quero-me feio-patinho-beleza, de qualquer jeito!
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