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VIDAS PARTIDAS
Autor: Ludugero, 05/05/2009
.
Caiu a tarde
já é noite
(aonde foi parar a luz)
Que é de Maria?
Aonde foi Maria
que ainda não regressou?
Ela que secava nossa lágrima
Ela que não deixava a lágrima cair
E agora, alguém me diga,
quem vai me fazer cafuné
e me afastar as dores do mundo
que insistem em me levar às lágrimas?
Ela se foi assim tão de repente
que não deu tempo de fazer café
de arrumar o quarto,
de dar um jeito
em nossa bagunça,
nem deu tempo de fechar
o vidro de perfume.
Ainda não consegui secar o pranto
ainda não me acostumei
a secar os pratos,
a secar tua ausência.
Ainda não aprendi
a lidar com isso.
Minha boca seca se calou, no adeus
de tanto gritar teu nome... sem eco
É que a solidão veio nos visitar
mais cedo, sem convite.
E agora é hora de abrigar a saudade,
que chegou para ficar, sem alvará
nos bordados das toalhas
de banho, nos azulejos encardidos
nos olhos apagados, nos cantos, no opaco
nas toalhas nos armários da casa inteira
E agora, me diga, quem vai botar a mesa?
Os pratos estão guardados
na penumbra,
nos pratos limpos
na asfixia da sala de estar
a esperar por quem não vem,
por quem não vai mais chegar!
Autor: Ludugero, 05/05/2009
.
Caiu a tarde
já é noite
(aonde foi parar a luz)
Que é de Maria?
Aonde foi Maria
que ainda não regressou?
Ela que secava nossa lágrima
Ela que não deixava a lágrima cair
E agora, alguém me diga,
quem vai me fazer cafuné
e me afastar as dores do mundo
que insistem em me levar às lágrimas?
Ela se foi assim tão de repente
que não deu tempo de fazer café
de arrumar o quarto,
de dar um jeito
em nossa bagunça,
nem deu tempo de fechar
o vidro de perfume.
Ainda não consegui secar o pranto
ainda não me acostumei
a secar os pratos,
a secar tua ausência.
Ainda não aprendi
a lidar com isso.
Minha boca seca se calou, no adeus
de tanto gritar teu nome... sem eco
É que a solidão veio nos visitar
mais cedo, sem convite.
E agora é hora de abrigar a saudade,
que chegou para ficar, sem alvará
nos bordados das toalhas
de banho, nos azulejos encardidos
nos olhos apagados, nos cantos, no opaco
nas toalhas nos armários da casa inteira
E agora, me diga, quem vai botar a mesa?
Os pratos estão guardados
na penumbra,
nos pratos limpos
na asfixia da sala de estar
a esperar por quem não vem,
por quem não vai mais chegar!
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