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COTIDIANO
Autor: Ludugero, 20/05/2009.
.
O vento corre solto
a soprar pelas quatro bocas
a levantar o pó, a poeira pela rua das pedras
a sacudir os ânimos, a incentivar o labor
da minha gente que carrega
nas mãos a certeza do sol
da manhã que apaga o resto de vela
ainda acesa na escada do Cruzeiro
de frente à Escola Dom Joaquim de Almeida.
Observo crianças livres a andar de bicicleta
a gastar o tempo que afasta a pressa
e passa lento na paz do sorriso
de Maria das Graças Bento, ali na esquina
na casa azul de Seu Virgílio e Dona Bena.
Na praça do Encontro impera o verde
da frondosa algarobeira,
que resiste à fúria do vento alto
a tanger seus abundantes ramos.
Nos braços levo a barra do novo tempo
numa escrita cheia de alegria, pujante
de vigor e de esperança nunca tardia.
Há no ar um cheiro de frutos maduros, de coisa boa.
Vai passando o vendedor com seus caçuás no jumento
vai passando o vendedor de pitombas, de umbus e de cajás
nos ombros traz o matiz bordado nas nódoas dos cajus
na camisa arregaçada nos punhos, as manchas
nas mangas, a resina e o âmbar amarelo
sob o suor que rola no rosto
do vendedor de caranguejos e siris.
Enquanto o sol a pino tinge de dourado os queijos de coalho
que impregnam o ar a exalar o cheiro
das garrafas de manteiga da terra.
E o dia passa devagar.
E a vida passa sem pressa,
simplesmente, na demora de um sorriso
de crianças, de jovens, de velhos
que não têm pressa para que o dia termine.
Porque viver aqui é assim:
Várzea é simples como tudo deveria ser.
Viver a vida é ser simples
porque complicar,
se a vida já é curta demais?
Curta a vida
Curta a nossa Várzea
Vale a pena!
Várzea,
teu sorriso franco,
nossa velha infância,
novas esperanças,
és minha melhor lembrança!
Eu te amo!
Autor: Ludugero, 20/05/2009.
.
O vento corre solto
a soprar pelas quatro bocas
a levantar o pó, a poeira pela rua das pedras
a sacudir os ânimos, a incentivar o labor
da minha gente que carrega
nas mãos a certeza do sol
da manhã que apaga o resto de vela
ainda acesa na escada do Cruzeiro
de frente à Escola Dom Joaquim de Almeida.
Observo crianças livres a andar de bicicleta
a gastar o tempo que afasta a pressa
e passa lento na paz do sorriso
de Maria das Graças Bento, ali na esquina
na casa azul de Seu Virgílio e Dona Bena.
Na praça do Encontro impera o verde
da frondosa algarobeira,
que resiste à fúria do vento alto
a tanger seus abundantes ramos.
Nos braços levo a barra do novo tempo
numa escrita cheia de alegria, pujante
de vigor e de esperança nunca tardia.
Há no ar um cheiro de frutos maduros, de coisa boa.
Vai passando o vendedor com seus caçuás no jumento
vai passando o vendedor de pitombas, de umbus e de cajás
nos ombros traz o matiz bordado nas nódoas dos cajus
na camisa arregaçada nos punhos, as manchas
nas mangas, a resina e o âmbar amarelo
sob o suor que rola no rosto
do vendedor de caranguejos e siris.
Enquanto o sol a pino tinge de dourado os queijos de coalho
que impregnam o ar a exalar o cheiro
das garrafas de manteiga da terra.
E o dia passa devagar.
E a vida passa sem pressa,
simplesmente, na demora de um sorriso
de crianças, de jovens, de velhos
que não têm pressa para que o dia termine.
Porque viver aqui é assim:
Várzea é simples como tudo deveria ser.
Viver a vida é ser simples
porque complicar,
se a vida já é curta demais?
Curta a vida
Curta a nossa Várzea
Vale a pena!
Várzea,
teu sorriso franco,
nossa velha infância,
novas esperanças,
és minha melhor lembrança!
Eu te amo!
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