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LÁGRIMAS E CHUVA


LÁGRIMAS E CHUVA
Autor: Ludugero, 25/05/2009.
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O corpo está molhado
A rua está molhada
As pedras estão encharcadas
Eu ando na chuva
Com a mente a fervilhar
As palavras vão fluindo
Formando um versejar,
Caindo feito as lágrimas
De São Pedro.
Meu coração em ti, partido
Minhas mãos seguram o guarda-chuva
A inspiração surgindo com os pingos
Fazendo a testa suar,
Eu caminho na chuva que insiste em cair,
Sozinho não, com as tuas lembranças,
Que não se vão com as águas da enxurrada.
Eu vou lavando as ideias, na enchente
Eu vou pelos telhados a fora
A escorrer com as águas,
A molhar a cal das paredes gris
Eu já escrevo sem parar, na memória
Versos e mais versos
Que não se escoam com os pingos da chuva
Tornando-se um poetizar,
Uma profusão de sentimentos
Que quase me fazem surtar, sou poeta
Louco rindo, a se imortalizar, na chuva
Que lava a minha alma
Que lava meu corpo
Que me leva para o açude do Calango
Que sangra de cheio
E singra meu coração-barquinho-de-papel
Para a cheia do rio Joca
Que me enleva aonde a vida me levar
Pelos campos da minha Várzea,
Pela chuva que irriga minha terra das acácias!
Chove chuva, se derrama pelos coqueiros
Desabotoa as cortinas do céu,
Fertiliza a natureza, molha a minha face.
Seriam as lágrimas ou seria a chuva
a verter meus olhos d'água?
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Beto Bello

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