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COUROS
Autor: Ludugero, 15/06/2009.
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Eu tomo um gole
Eu tomo um trago
Com moderação,
Dirijo-me à minha pequena Várzea
Esbarro no coração, de súbito,
Pois trago comigo
Num pequeno frasco
O teu perfume de água benta
Límpida, pura e salubre.
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Trago comigo um pequeno vidro
Cheio de água fresca,
Com cheiro de mato verde
Com cheiro de terra molhada
Que não disfarça da terra
O cheiro do arisco, vapores.
Que não disfarça o lume
Das águas do Calango,
Que não disfarça a saudade.
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Confesso, não nego,
Nem quero, nem posso
Pesa no perfume a idade,
Pesa no coração o colosso.
Pesa na rua do curtume, odores.
Sob o sol a pino, no varal,
Meu couro esticado sob a frágua.
Pesa no tempo a minha alma
Nua e crua, toda encharcada
De lágrimas, em carne viva,
À flor da pele, de carne e osso!



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