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População preocupada: casos de gripe suína levam parnamirinenses a comprar máscaras e álcool em gel
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Até hoje (3), a Secretária de Estado da Saúde Pública (Sesap) contabilizava 23 casos confirmados e 6 suspeitas no RN. Dois deles em Parnamirim
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As recentes notícias sobre o vírus Influenza H1N1, causador da gripe suína, deixaram a população parnamirinense preocupada. A doença que se espalhou pelo mundo e é considerada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) já causou uma morte no Nordeste, no estado da Paraíba, nossos vizinhos. Até hoje (3), a Secretária de Estado da Saúde Pública (Sesap) contabilizava 23 casos confirmados e 6 suspeitas no RN. Dois deles em Parnamirim. Segundo a subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Juliana Araújo, os potiguares têm motivos de sobra para se preocupar e faz um alerta: "Vai chegar um ponto que vamos ter vitimas fatais aqui no Estado."
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Apesar dessa informação, algumas autoridades afirmam que não há motivos para pânico e recomendam apenas evitar o contato com pessoas que estejam com sintomas da doença - febre, falta de apetite, dores musculares e tosse. Porém o parnamirinense tenta se prevenir de uma forma que, para eles, é mais segura: usando máscaras cirúrgicas e limpando as mãos com álcool. O uso de máscaras é recomendado apenas para os já infectados pelo vírus, mas a higienização das mãos é uma medida estimulada pelos médicos e autoridades da saúde. "A higienização é sempre importante para evitar qualquer tipo de doença, mas as máscaras só precisam ser usadas por quem está doente", diz Juliana.
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Na semana passada, a equipe de reportagem do Potiguar Notícias visitou algumas farmácias no Centro da cidade e constatou que os dois produtos estão em falta no mercado local. "Está em falta já faz uns quinze dias, quando a procura aumentou. As pessoas que compram dizem que estão com medo da gripe suína", conta Lemoel da Silva, gerente da farmácia. Em outro estabelecimento, a mesma situação: "Não temos no estoque e não há previsão de quando vamos receber novas caixas. Em um dia vendemos cinqüenta máscaras", avisa a atendente.
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A procura pela prevenção pode abrir brecha para a exploração comercial. Das farmácias visitadas, apenas uma, localizada no aeroporto Augusto Severo, dispunha dos produtos procurados. A exclusividade temporária faz com que os preços fiquem salgados. Cada máscara é vendida a R$ 1 e um frasco de álcool é comercializado a R$ 5,99. Nas farmácias onde não há mais os produtos, os preços são diferentes: as máscaras saem por apenas R$ 0,30 e o álcool é vendido a R$ 2,50. "Vendemos em média cem máscaras por semana e quarenta e oito tubos de álcool em gel para pessoas que estão viajando para cidades onde há muitos casos da doença", conta Ane Meiry, atendente há cinco anos da farmácia no aeroporto.
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A presença do aeroporto é um dos fatores que eleva o nível de preocupação dos parnamirinense. No Augusto Severo desembargam passageiros oriundos de várias partes do Brasil e de todo mundo. Sem o controle devido, o aeroporto torna-se a porta de entrada para o vírus H1N1 no Estado. Acompanhamos o desembarque de cerca de trinta passageiros vindos de São Paulo. Entre eles, apenas um usava máscara, o funcionário público Cleónines Nascimento, morador de Natal que permaneceu na capital paulista por cinco dias. "Estou usando por prevenção. Em São Paulo todo mundo estava usando máscara no aeroporto", conta.
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No período em que a equipe de reportagem permaneceu no aeroporto (cerca de cinqüenta minutos), o aviso sonoro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertando sobre quais procedimentos devem ser tomados em caso de suspeita da doença, não foi transmitido.
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Alguns funcionários de lojas que funcionam no aeroporto acham que está faltando um controle mais rigoroso. "Não tem monitoramento correto. Não estamos preparados para essa doença. Creio que só vão tomar as providências corretas quando morrer alguém", conta Jefferson Ferreira, atendente de uma lanchonete. "Tenho medo de pegar essa doença, principalmente quando aparece passageiro estrangeiro", diz David Garcia funcionário de uma lanhouse.
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Fonte: Potiguar Notícias por Roberto Lucena
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