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ESCAFEDER-SE



ESCAFEDER-SE
Autor: João Lusugero, 11/08/2009.
.
Minha rosa-rosa,
Agora já não sinto teu cheiro
Nem teu passo, nenhum ruído...
Nem teus olhos verdes, nem tua boca
Não sinto mais a tua mão na minha,
Nem a tua língua mais me alcança,
Nem ouço mais o tambor do teu coração
Bater, bater e bater, disparadamente,
Tão breve a querer meu amor eterno,
Tudo foi jogado às traças, às favas,
Tudo foi atirado ao vento e
E o tempo levou os sintomas.
Já não me serve teu chá,
Minha rosa-chá!
.
Minha rosa-espinho,
Meu sangue no dedo espetado, de fato,
Minha rosa-flor da minha Várzea,
Esquecer, esquecerei
De ti e de mim, de imediato,
de nós dois, enfim!
Palavras que ficaram por dizer,
Momentos por viver, desacato,
Tudo se desfez no ar, promessas
Em vertentes vapores e vapores!
.
Minha rosa, digo minha ex-rosa,
Eu te disse adeus, esqueça-me de vez,
Eu suplico, pelo amor de Deus!
Mas a vida continua... a ser
O maior bem que a gente tem!
.
Se ficaram os espinhos, bem assim o seu significado,
Que bom, que eles vão me ajudar a fazer
O antídoto para que eu te esqueça
De lembrar em mim, de uma vez por todas!
.
Desapareça, tome um chá
De sumiço ou se-mancol,
Pois não preciso mais viver nada
do que eu não mereça,
Escafeda-se!
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Adriano de Alexandria

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