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LAVRA DE VERSOSAutor: Ludugero, 10/07/2009.
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Eu faço versos
Eu engendro as palavras
Eu sinto o verbo ao conjugar seu sentido
Eu aparo arestas, amoldo a forma, a essência
Eu me deparo com versos
De frente ou até mesmo pelo avesso
Mas o que são versos
Além de palavras que falam,
Além de palavras que sentem!
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São reunidas lavras e sintomas
De palavras vestidas de rimas ou não
De palavras tecidas de métrica...
De palavras significando outras
Se não forem primas ou matérias
Puras e sentidas, genuínas, consistentes
podendo ser palavras soltas, perdidas, expostas
Em linhas tortas, supostas ou quase
De forma hipotética ou não, mescladas
Palavras opostas, lógicas, sublimes
De forma poética?...
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Versos?...
Eles podem brotar assim
De sentimentos dolentes, dispersos,
De lágrimas, de prantos e lamentos,
De berros, de gritos, sofrimentos...
Que em tantos momentos expressos
Podem ser alentos ou unguentos de dor ou espanto!...
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Versos?...
Podem ser sim feitos de amor, saudade, paixão...
Podem ser equilibrados ou não na esperança ainda viva
Podem soar assim com o bater das horas trôpegas
Advindas do sino da matriz de São Pedro, apóstolo
Podem atravessar a rua, a avenida, o Cruzeiro
Podem ser sol, pode ser lua, pode ser chuva de prata
Podem ser chuva de estrelas, cadentes ou não,
Podem dilacerar peitos e estações na vida
Tudo isso - Sim! Por que não?
Com sinceridade, com devoção, com esmero
Responde por mim, sem demora,
Com propriedade nunca espúria,
O meu coração varzeano!
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