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VÁRZEA: UMA CANÇÃO DE AMOR!Autor: João Ludugero, 14/08/2009.
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Duas palmeiras em frente à igreja-matriz de São Pedro,
Nuvens esfiapadas, uma lua branca na tarde amena,
Nas passadas sincronizadas ritmadas pela Travessa
Brasiliano Coelho, vivo a vida e sinto que estou sendo amado,
Vou e volto pelos arredores do rio Joca, que me banha de saudades!
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Passo a voltear, dando margens ao dançar no paredão do açude.
Estou quieto, a ouvir o canto do bem-te-vi, na cantiga do Calango.
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Neste ritmo de imenso sonhar, eu sigo a brisa, tudo a seu tempo,
Quero me embriagar de liberdade nas asas do vento agreste!
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Eu aprendi a dançar na imensa euforia de ser livre,
De te cativar e poder te amar, com simplicidade,
Nas nuvens inconstantes das melodias do Amor, toda tarde
Quando o sol se aninha no crepúsculo do açude...
Sigo em êxtase, posso compor e gozar a vida, em versos,
Frentes de delícias que só tu podes me dar... Minha Várzea!
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Oh! Meu Amor, deixa-me estar e suportar
Tanta ternura dentro de mim ao te buscar nas flores do Maracujá!
Deixa-me sobreviver por não poder sufocar esta paixão
E me extasear ao toque das horas do relógio de São Pedro apóstolo!
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Não vou calar meus beijos, tantos beijos do remanso, do sossego do retiro
Essa volúpia doida que sinto ao te gostar, sem atirar pedras nem seixos!
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Quero me balançar nas frondes dos cajueiros em flor,
Quero provocar meus sentidos aos cheiros e ruídos
Em baixo das mangueiras do Itapacurá...
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Por mim, estaria agora abraçado em teus braços... afoito!
Estou sentindo na espinha um calafrio, uma saudade atroz
E um calor no meu peito abrasador, a incendiar meu jeito de mato
Por te sentir tão perto de mim, tão vertente, tão verde
No interior, tão cheio de novas esperanças!
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Meu amor, Minha Várzea, prenda minha!
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Sem dó, sinto-me com sintomas de saudades... Prenda-me!
Estou maior abandonado, longe de ti, largado assim,
Solto no ar ecoando desengonçado grito, quase troncho
Numa dança ritmada de feitiço de um Amor solto e amarrado,
Sonhando acordado, sem escorar nossa emoção na magia
Do ser simples, de viver a vida simplesmente, sem medo da dor,
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Observando a natureza sustentável entrelaçada, ávida e fertilizada,
Entre rios, riachos, açudes, lagoas, bons ares, pássaros e cantares!
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E eu, aqui a compor para ti esta canção de Amor e de vida,
Sem me cansar, sem reclamar do calor do tempero
Do baile da vida, nos volteios do coração!
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Por favor, não me acordem, por caridade,
Não me façam tamanha maldade, de súbito,
Pois estou é nas nuvens vivendo, com os pés no chão,
Sentindo o meu mundo tremendo, tudo girando, girando...
E eu nos seus braços me estremecendo, de Amores
Ao som sem rubor, no Vapor me envolvendo...
Nos braços da minha amada cidade do coração,
Minha Cidade da Cultura, minha Várzea das Acácias!
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