MAS QUEM SE ARRISCARIA A PLAGIAR MEU CORAÇÃO?
MAS QUEM SE ARRISCARIA A PLAGIAR MEU CORAÇÃO?
Autor: João Ludugero da Silva, 18/08/2009.
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Diga-me já, fale-me logo, de uma vez,
Quem é o dono das palavras,
Quem é o dono da poesia?
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Seria quem as lavra com o sentir,
Quem a elas dá sentido, azo,
Quem a elas se esboroa em sentimentos e dor
Ou quem as lê com sentido e lhes dá alma?
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Eu, Menino Varzeano, desde muito cedo, pertenço às palavras.
E estas me pertencem, sem hora nem prazo, com cautela,
Sem ser dono delas, sou possuído em carne viva!
Eu sinto isso: mesmo tendo que pagar um custo alto,
Eu faço um regaste de toda a minha vida até aqui.
Eu faço a minha história, eu tempero momentos,
No tempo e no espaço, eu faço chover estrelas!
Eu estou pagando para vê-las, com os pés no chão!
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E embora elas me pertencendo, não sou dono delas,
Não posso prendê-las! querê-las, assim, é outra coisa,
Posso até pensar em tê-las, prendas minhas...
Aliás, não sou nem dono de mim,
Mas como escapar do sol de toda manhã,
Visto nascer do coração da minha cela?
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Eu engendro versos simples, rabisco amores, me liberto!
Eu faço uma eterna viagem, agora, em carne e osso,
Eu embarco numa canoa ou numa nau de palavras nuas
Eu me atiço na escrita, me desnudo, apaixonadamente!
Nunca insosso, pois as palavras me levam ao céu da boca
E me dão o sal necessário para bem viver a vida...
Eu me dispo em palavras, adapto-me aos moldes,
Disposto, eu faço das palavras as minhas vestes!
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