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PARADEIROS


PARADEIROS
Autor: João Ludugero, 21/09/2009.

Oh, minha Várzea amada,
Meu pedacinho do agreste
Cidade-flor da paixão,
Meu doce Maracujá,
Enlevo no doce abraço,
Meu paradeiro,
Meu ponto de partida,
razão da minha chegada!

És meu pássaro livre, liberto,
És meu leve e solto canário de chão,
És meu sebito, meu pintassilgo,
És meu galo de campina,
Meu bem-te-vi,
Assim sempre bem te vejo,
A cantar na margem do rio Joca,
Que irriga o coqueiral,
Que faz verde o juazeiro
Que fertiliza o roçado
Que dá brisa à tarde amena,
Vida serena e mormaço.

Quando estou junto de ti,
Sinto-me mais forte, mais ávido
Sinto-me a todo vapor
E mando embora o cansaço.
Sinto teu colo de mãe,
Tua mão, teu cafuné, teu abrigo.

Perto de ti, minha Várzea,
Não tenho medo da sorte,
Sou um guerreiro da paz,
Sinto tua mão amiga
Sinto tua luz intensa
Em quase tudo que faço.

Se estou longe de ti,
Ai, meu Deus, Ave-Maria!
É a treva, é a morte, é o cinza,
Meu coração se despedaça.
Sinto o chão movediço,
Alieno-me, falta-me solo,
Gira tudo, embaçam os olhos, a visão turva
Escorrego pelo mundo, desmorono,
Esqueço o caminho das pedras,
Sinto-me estranho em mim mesmo.
Como pode uma coisa dessas?
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João Maria Ludugero

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