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RODA DO TEMPO

Autor: João Ludugero.

Um flamboyant
de flores laranjas-jerimum
no quintal
laranjeiras e limão-galego
flores pelo chão
do pomar-jardim
Capim-santo,
pimentas de cheiro,
erva-cidreira e alecrim.

Um carro encantado
morreu
lá pras redondezas
do Vapor de Zuquinha
ali ó,
havia uma casa
de farinha de mandioca
Agora
As ruínas dão as caras
ali onde também havia um curral
ê, boi!

tempo bom de bem-te-vis
e canários de chão
que rumaram
lá pras bandas do rio Joca

tempo bom que se foi
e o galo de campina
de colarinho encarnado
ainda dá as caras
e completa a beleza
que ainda insiste em ficar ali
naquele refúgio encantado

e o carro misterioso
tranvanvan van van...
pegou
no longe o vi ainda
preto cor de breu
e soltando fumaça
pra dentro do túnel de lembranças
pra fora da boca sem dentes
da moenda da roda
do tempo
que enferrujou
a catraca do Vapor.
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João Maria Ludugero

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1 comments:

  1. Parabéns Senti o cheiro do lugar!!!

    Sem nunca ter ido em Varzea.

    BSB DF jag

    ResponderExcluir

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