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ÁGUA VIVA

eu tenho um coração
que bate descompassado
eu apanho calado,
ele bate disritmado
eu insisto em escrever
eu escavo, apressado,
eu lavro palavras,
não me canso disso,
pois sinto o que escrevo
escravo, escavo veios,
Procuro raízes

consabido é
que só depois
de chegar no mar
é que um rio encontra repouso.
esse rio não morre,
apenas soma suas águas
às do mar, aberto,
é quando as águas se misturam
para formar um só mar,
e somem no mar,
aceleradamente
só pra ser maior, imenso

tornando-se oceano,
além de todas as barreiras
do inferno,
assim é meu coração
nada pacífico, intenso
curso de um rio resignado,
que sacrifica sua identidade,
mas realiza a infinitude,
de ser mar
que se dana a bater,
cativo, embora desregulado

embora revolto,
fora do ritmo preciso,
mas sem nenhum medo
da morte súbita, de tal sorte
sem temer virar mar,
na unidade de ser teu,
Atlântico

tu que me levastes
ao caminho das pedras
ensinando-me
como um rio novo,
afluente de mim,
que todo meu ser deságua
no mar de um amor
de um amar
sem fim...

autor: João Ludugero
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João Maria Ludugero

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