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EUREKA, EUREKA!

não quero apego aos anzóis
não quero ser apenas isca
nem o peixe a morrer pela boca
não espero robalo à risca
tampouco ser teu namorado
não quero ser o bispo da tua missão
nem dom Pero Fernandes Sardinha
que virou comida de canibais
ao ser devorado pelos Caetés,
em inesperado programa de índios.

espero por ti,

até que o mundo me deixe mudo
até que eu me acostume e siga
na solidão de ser apenas dois
até que nenhuma bomba rebente
e floresça
até que uma rosa desabroche rosa

que eu aprenda a desarmar todas as minas
até que eu amoleça teu coração de rocha
e que a palidez do teu semblante
desapareça em meio a estrelas reticentes
que desabem, cadentes na paz descoberta

que somente encontro em teu sorriso nu

que eu ache chão e cresça
em razão do céu que desce
a partir da tua boca carmim

que me inflama,
que me chama
que me convida ao frio da dor

espero achar terra firme
e não apenas areia movediça,
espero abrir meu coração, à vista,
nele encarnar meus ais enfim,
só se for pra viver incendiado
na celebração desse Amor

autor: João Ludugero
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João Maria Ludugero

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