Já vai chegando o inverno e o pedido dos agricultores do interior do Rio Grande do Norte é um só: chuva. Este ano, no entanto, apenas a região Agreste ainda tem – pequena, mas existente – possibilidade de colheita.
Para quem vive da terra no Seridó, Alto e Médio Oeste ou na Central Potiguar, são constantes as plantações verdes, mas sem produção alguma. A vilã que provoca este cenário otimista porém enganador é a chamada seca verde. É isso que explica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn), Ambrósio Lins.
O fenômeno ocorre quando o déficit de chuvas chega aos 30 ou 40%. De acordo com os dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), em grande parte do semi-árido tem chovido apenas 60% do esperado. Isto porque ainda este ano a previsão foi de chuvas abaixo da média em todo o estado. O meteorologista da Emparn, Gilmar Bistrot, explicou ao Nominuto.com que a média para esta época é de 70 mm³ nos níveis pluviométricos, mas o registrado nos últimos tempos chega a, no máximo, 42 mm³.
Isto pode ser verificado no último boletim divulgado pela empresa. Dos 97 pontos que enviaram informações sobre a coleta de água da chuva, 69 alegaram não ter tido precipitação alguma. Assim, a chuva chegou em apenas 28 municípios. Neles, os índices também não foram animadores nem mesmo no Agreste que, segundo Lins, tem possibilidade de colheita. Lá, a máxima pluviométrica foi de 10 mm³ em Vera Cruz. Em Serrinha, na mesma região, as chuvas alcançaram apenas 0,3 mm³ do medidor.
A estimativa é de que pelo menos 110 mil agricultores familiares possam ser prejudicados com a situação, principalmente aqueles que dependem da agricultura de sequeiro, marcada por culturas como o milho e o feijão. A situação pode se agravar quando a cultura for de soja, uma vez que, mesmo em condições favoráveis, seu plantio já representa risco.
As perspectivas futuras não são melhores. O inverno do semi-árido deve se encerrar já em meados de maio. De junho a janeiro do próximo ano, a previsão é de seca, configurando-se um quadro com longo período sem chuvas no interior do Rio Grande do Norte.
Do VNT com informações do Nominuto
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