SEM SINTOMAS DE NARCISO
autor: João Ludugero
observando-me
no espelho d'água,
afoito, mergulho fundo
no açude verde-musgo,
mas não deixo a miragem me levar...
eu retorno para respirar ares novos
encho o peito,
estufo a alma
eu pinto o corpo,
dou-lhe cores novas
eu me dou flores em vida
estou cada vez mais vivo,
sou um novo João de cada dia,
renasci sem sintomas de Narciso,
não me afoguei no Calango
não me disse adeus tão moço
mesmo entorpecido, sobrevivi
não quis morrer tão cedo,
tão moço ainda eu persisto,
estou aqui, de coração inteiro
ora elaboro meu banho
de aromas e cheiros
eu não me canso
de achar bonito,
de agora achar belo
o que antes achava
que fosse feio em mim
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns muito boa sua poesia!!!
ResponderExcluirIlumina nossos dias!
Realmente, esse cara tem uma mente hiper iluminada, pra cima, alto-astral. Adoro demais sua poesia nossa de todos os dias!
ResponderExcluirAbs,
Juliana