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VÁRZEA: A MENINA DOS MEUS OLHOS


















Autor: João Ludugero

É gratificante ver o rio Joca, ávido,
ir lá e enterrar os pés na areia, 
partir rumo ao Vapor,
abrir os braços ao vento,
deixar o sereno molhar o rosto
ver de perto a menina dos olhos,
minha Várzea de dona Rosa
de Seu Antonio Ventinha.

Há dias de vida que me sabem o sol
já acordo e dou de cara com a luz,
de pronto, desperto e vou direto
ao encontro das tintas de Deus
ver o que a minha terra 
tem de sobra: beleza


Há dias que essas coisas simples 
aumentam tanto meu tempo, 
ninguém avalia, não fazes ideia,
que permaneço boquiaberto, admirado 
diante de tantas dádivas, de presente,
que sou incapaz de lhes acrescentar palavras, 
pois logo saberiam a redundância.

Portanto, deixo o silêncio poetizar assim.
Eis-me calado, descalço, de pés na areia,
sem pressa, mais uma vez, faço versos
com o intuito de aquecê-la, minha Várzea.
Logo, desprezo o talento misterioso
de fazer correr o tempo.

Deixo ele passar a seu tempo...
enquanto vou limpando a vista
contemplando esse chão de estrelas.
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João Maria Ludugero

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