Autor: João Ludugero
Eu tive a sorte de nascer ali
nessa terra de tanta magia
de onde faço versos achados,
garimpados na bateia
do meu coração varzeano.
Escrever versos assim
com a pureza da alma
de uma simplicidade ímpar,
era mesmo minha ideia.
De vez que nunca chegam
a cair no vazio, asseguro,
pois saltam de rimas cheirosas,
no vasto canteiro da poesia,
pois saltam de rimas cheirosas,
no vasto canteiro da poesia,
terreno arado, bem cuidado,
lavrado no cerne da fartura
de um Vapor vital,
que serena a tarde amena
na colheita da noite ou do dia.
Pelas estradas de chão,
ao som dos canários da terra,
busco as alamandas amarelas
que insistem em renascer
além da Vargem e dos bueiros,
nesse lugar de tantas lembranças
nos beirais das cercas vivas,
sobressaindo dos jardins.
Sol em esplendor
ouro cobre o verde agreste
da Várzea de dona Otacília 'Cila',
a inesquecível e querida irmã
de dona Rosa Marreiros.
Enquanto isso...
no ar se expande o cheiro
de flores e frutas maduras
que perfumam a nova estação.
Abelhas celebram;
não se zangam,
pois os ariscos colorem uma floração:
eclode primavera-verão...
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