A CASA DO MATO
(Foto: Janilson na Casa do Mato ao amanhecer)
Autor: João Maria Ludugero
(Texto composto para o amigo Janilson Carvalho)
Só me acalmo com um abraço forte
do silêncio que ronda a casa do mato
só quebrado pelo chilrear dos passarinhos
que longe me levam em idas e vindas
que me chamam ao interior
num contato imediato, só pra curtir
o cheiro daquela paz permanente
que eu não acho em lugar nenhum
Confesso que sou fã
de bichos, de plantas
de pores-do-sol
que se deitam ali no alpendre
da casa do mato.
Também sou dono de nada
e de madrugadas que me assediam
dia-após-dia, sob os acordes
dessa varanda alegrense
que tanto me encanta, aos montes,
que tanto me leva ao desprendimento,
que me faz pensar no milagre da vida.
E dali posso ver toda beleza
que verdeja meus olhos, a céu aberto,
a olho nu, sem alvará ou licença.
Eu sinto que há um signficativo
aumento da verdadeira paz
que só encontro ali na casa do mato
com seu cheiro verde
com seus temperos tirados da alma
que me fazem gostar de ser assim:
- fruto do mato;
- bicho do mato;
- homem feliz de bem com a vida.
E quando tudo é cinza, meu olhar é verde!
Esse é, sem dúvida, um dos mais lindos poemas que vc já fez, poeta João. Adorei. É pra guardar, de tão bem feito. Faz muito bem ler seus textos, enobrece a gente. É isso, cada vez que leio sua poesia me sinto mais feliz!
ResponderExcluirSou sua fã,
Zezé
MAGNÍFICO POEMA!!!! lindo demais!
ResponderExcluirAmei do começo ao fim... aliás, seus poemas não se acabam, eles são "recomeçantes" e fazem um bem danado à alma da gente!
Bjs,
Leila
Alpendre da casa do mato... varandas da alma sob um olhar verde para o alvorecer... Isso é lindo demais! Acorda a alma da gente, nos dá um olhar verde para ver o milagre da vida nascer no dia-a-dia! Bonito poeta, falou e disse tudo! Abs, Lourdes
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