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DE BEM COM A VIDA


















Autor: João Maria Ludugero

Contigo passei a pintar o sete,
desde ti descobri
como saciar a sede
a oito ou oiteta km,
moderada mente,
assim ou assado aprendi
como matar a fome
de bem-estar-bem
de bem com a vida,
eu consigo ir além,
sem pedir arrego.

De súbito, sem percalços,
fazes o diabo a quatro, sem culpa
posto que esse mundão de meu Deus
não passa de uma manga-rosa em tuas mãos,
quiçá uma maçã prestes a ser
devorada inteirinha ao dente.

Estou bem no cerne da tua carne
onde vou ao teu bel-prazer,
onde bem-estou, onde me acho?
encontro-me satifeito nesse oásis
que não me deixa morrer à míngua.

Eu sei da tua louca malícia,
eu bem sei dos teus encantos
que mesmo, emudecida, tua boca
fala mais alto, sem tréguas, ao me levares
ao purgatório, descalço a pisar em brasas,
eu sonhando acordado com teu desejo.
De tal sorte, sinto-me deveras
num céu, desnudo a queimar por dentro,
justo eu que nunca fui santo!
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João Maria Ludugero

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2 comments:

  1. À beleza deste poema dou nota 10!!!!!
    mUITO LEGAL. vALEU, POETA!!!!
    Leila. Abraços mil.

    ResponderExcluir
  2. Gosto de sua poesia.Sensacional!!!
    Vc é um grande escritor. Adorei.
    Lígia

    ResponderExcluir

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