MEMÓRIAS DA NOSSA VÁRZEA (NÉCTAR)
NÉCTAR
Autor: João Maria Ludugero
No calor das horas,
Adivinho-te, de cor,
Converso, de frente,
Renovarzeo-me no que traço,
Aviva-se o querer-sentir
Fazendo sentido existir:
Acontece de vez labaredas
Do fogo encarnado em mim
E cai a tarde na paisagem
O sol a tingir de laranja os azuis
Faz crescer a chama acesa
As palavras me aquecem o peito,
Logo, cuido de escrever,
Crio asas em voo rasante,
Enveredo-me em teu interior
E viajo com os pés no chão,
A contemplar a linha do teu horizonte
E assim tanta coisa bela se delineia
Até nas coisas mais simples,
Só pra mimosear teus ariscos,
Só pra trazer a revoada de pássaros
Cantando para te ninar, menina!
Viajo nas asas do colibri,
De flor em flor, minha Várzea,
Buscando um bocadinho
Do teu néctar ao crepúsculo!
Vou até aos campos do Vapor
Entre cheiros, ruídos e lembranças
Para trazer, sem murchar,
Flores do teu encanto,
Quiçá flores de mulungu,
Ainda encarnadas ao lusco-fusco
Que num instante abre o anoitecer,
Descendo breu na terra dos Caicos
OLHA SÓ QUE POESIA MAIS LINDA!
ResponderExcluirABRAÇO,
TÉRCIA.