MEMÓRIAS DA NOSSA VÁRZEA (O ESTRELADO BEIJO DO CALANGO)
O ESTRELADO BEIJO DO CALANGO
Autor: João Maria Ludugero
Léguas e léguas,
Na caminhada,
Já não acelero o passo
Não desisto
Não desespero
Piso satisfeito,
Embora descalço,
No sol a pino
Ainda pleno,
Molho meu rosto
No orvalho instantâneo
No mormaço
No Vapor que sobe
Da água parada
No fundo do poço
Eu calangueio no asfalto
Assim furto-me às dores
Enquanto o peito
Encontra seu destino
No cultivo de lembranças
No fim da tarde amena
Onde vem o vento soprar
Ressuscitar promessas
Que nos açoitam longe
Sem estribos nem rédeas
Muito além das margens
Do velho açude
E o pensamento voa longe
Se esvai com a tarde,
A vagar em fila
A andar pela Várzea
Até o sumidouro da luz
Que nos convida ao célere lusco-fusco,
Enquanto pirilampos fazem a festa
Na sombra que cai com as estrelas
Que brilham na cadência da noite
Que se irradia incansável
No cérebro deste poeta,
Que ainda insiste em vadiar
A pegar carona,
Só pra se levantar
Com as estrelas
Que descem pra beijar o Calango
Linda foto do Calango! Adorei. Interessante como a gente não pára para olhar essas paisagens simples e bonitas. Realmente o poeta aqui mandou bem. Lindo poema! Várzea merece ser mostrada para todos, assim com essa magnitude de suas letras que tão bem expressam o amor por um lugar. Parabéns, VNT! Parabéns, poeta João!
ResponderExcluirAbraço.
José
Como sabe escrever assim, só conhecendo muito bem a sua terra amada! Várzea está de parabéns!
ResponderExcluirBelíssimo poema! E a foto... maravilhosa!!!!!
Beijos,
Núbia
Tá todo mundo curtindo esse blog!!!! DEZ!!!
ResponderExcluirQue foto linda, bem tirada, à tarde! Adorei.
Hiper abraço,
Arnaldo
Eta, que Calanguinho lindo! Que poesia!
ResponderExcluirQue saudades da minha terrinha... Ainda bem que tem o VNT trazendo esses poemas de deixar a gente com o coração nas alturas.
Abraços. Valeu!
PC
Vou ler e ver esse blog uma mil vezes, mas não canso. É lindo ver e ler essa poesia que dá orgulho de ser varzeano. Até um dia!
ResponderExcluirOliveira