MINHA AMADA VÁRZEA, DIGA-ME: O QUE TEM
A VER MEU CORAÇÃO E O ITAPACURÁ?
A VER MEU CORAÇÃO E O ITAPACURÁ?
Autor: João Maria Ludugero
E longe vão meus olhos
Muito além da imaginação...
Acho que vão ao encontro dos teus
Castanhos olhos do Itapacurá
Que fazem a própria natureza
Rir-se ao saber da nossa paixão
Em meio ao nascer de colibris
Que voam livres em teu olhar
Pelos caminhos e tabuleiros
Onde vingam mangabas
Cajus, pitombas e cajás.
Meu coração busca o Itapacurá,
Porque tem certeza que vai ter ali
A flor que procura para tecer
Uma tiara celeste, uma coroa
Para enfeitar a trança do meu amor
Que não carece de adorno,
pois detém sempre a beleza de ser
Meu lindo amor varzeano...
Mas ela nada responde, silencia.
Consente. É fruta mordida,
Tal qual bicado caju encarnado
não poupado pelo afoito sabiá.
Sou pássaro liberto que segue inquieto
Longe vai, busca caminhos e destino.
Nada teme, seu reino é o imenso céu,
Onde apenas o ar o envolve solene,
Depois plaina devagarzinho, bem ali
No cerne do meu Itapacurá...
Sou que sou feliz canário desse chão
Vou que vou correndo pra terra
de tio João Pequeno. Ah, se vou!



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