VÁRZEA: UM DIA, UM ADEUS
(NÓS EM UM SÓ CORAÇÃO)
Autor: João Maria Ludugero
Um dia, certamente nós iremos embora,
Como aqueles, que também partiram
Para sempre - os dias, com suas esquinas,
Seus becos vagos e até a ilusão suprema
Do fim de todos os males da vida
E se foram a vagar no desvão do tempo,
Junto com a pele planejada e suas tintas,
Coroando a labuta, seus personagens inquietos
A esconder sob os cílios a bela paisagem varzeana,
Aquela que por mais simples que pareça
Deixa-nos ficar assim maravilhados!
Assim como namorados
Navegantes do tempo,
Ninando suas fantasias
Como, quando crianças
A girar suas cirandas,
Como escassas iguarias
No estômago a roncar de faminto,
Como dobrados pares de asas
Tornando o mundo mais leve,
Escreveremos nossos nomes,
Inscreveremos nossos sorrisos
Com a ponta do estilete na casca da árvore.
E, nesse dia, esculpiremos nossa história:
Um humilde registro, na unidade indivisível
De um coração que ficará para sempre
Entalhado no caule da velha algarobeira
Que a ilustre professora Zilda Roriz plantou
Ali na praça Kleberval Florêncio,
Chamada de praça do encontro,
Talvez porque testemunha
Do amor que um dia nasceu
E permanecerá para toda a vida,
No cerne daquele tronco que resiste
Às intempéries e ainda se balança ao vento,
Como quem dança sob os cheiros verdes e os ruídos
Ao som de um coração que ama esse chão
Que chamam de Várzea: Tum-tum-tum!
Deixa-nos ficar assim maravilhados!
Assim como namorados
Navegantes do tempo,
Ninando suas fantasias
Como, quando crianças
A girar suas cirandas,
Como escassas iguarias
No estômago a roncar de faminto,
Como dobrados pares de asas
Tornando o mundo mais leve,
Escreveremos nossos nomes,
Inscreveremos nossos sorrisos
Com a ponta do estilete na casca da árvore.
E, nesse dia, esculpiremos nossa história:
Um humilde registro, na unidade indivisível
De um coração que ficará para sempre
Entalhado no caule da velha algarobeira
Que a ilustre professora Zilda Roriz plantou
Ali na praça Kleberval Florêncio,
Chamada de praça do encontro,
Talvez porque testemunha
Do amor que um dia nasceu
E permanecerá para toda a vida,
No cerne daquele tronco que resiste
Às intempéries e ainda se balança ao vento,
Como quem dança sob os cheiros verdes e os ruídos
Ao som de um coração que ama esse chão
Que chamam de Várzea: Tum-tum-tum!
Eis o mais puro retrato da paixão de uma pessoa por um lugar, de um amor verdadeiramente encontrado, para toda a vida> o amor por Várzea, a nossa terra. Valeu poeta, Várzea tb e ama muito. Belo poema, profundo, com sabor de saudade demarcada no caule da algarobeira, no centro do coração varzeano.
ResponderExcluirAbraços,
Cláudia