A PAZ DA MINHA VÁRZEA
Autor: João Maria Ludugero
Paz é andar descalço
Pelo interior
Pelas ruas da minha saudade
Pela infância que vivi
A brincar no meu pequeno lugarejo
Lá na minha Várzea das acácias,
Onde tudo é verdadeiro, sem dúvida
Onde a simplicidade fez sua morada,
Sem carecer de alvará
Ou habite-se
Paz é olhar o doce sorriso
De dona Maria Dalva
E nele contemplar o retrato
Da própria beleza
Em forma de estrela
Candeia perene
Da vida inteira
Paz é a paz interior,
Da própria beleza
Em forma de estrela
Candeia perene
Da vida inteira
Paz é a paz interior,
A que trago no peito
Quando estou nos braços
Do meu pequeno Varzeão,
Do meu pequeno Varzeão,
Deitado numa branca rede de algodão
Como se fosse o berço esplêndido
Como se fosse o berço esplêndido
No alpendre da casa
De seu Odilon, meu pai.
Essas coisas relaxam o corpo,
De seu Odilon, meu pai.
Essas coisas relaxam o corpo,
Enriquecem o espírito, a mente
E, ao final da jornada,
E, ao final da jornada,
Só resta agradecer de ofício
Ao Supremo Arquiteto do universo
Ao Supremo Arquiteto do universo
Por ter vivido
E não simplesmente
Passado pela vida em vão
A divagar no vazio.
Paz é bem-estar no colo
A divagar no vazio.
Paz é bem-estar no colo
Da minha mãe Maria
Com sua mão de carinho
A afagar minha cabeça
A me fazer cafuné.
Outro dia,
A afagar minha cabeça
A me fazer cafuné.
Outro dia,
Eu quietinho num canto,
Contente da vida a cismar,
A pensar na minha gente,
Olha só o que matutei:
A paz da minha Várzea é tão boa,
Mas tão boa, tão verdadeira,
Que devia ser lei!
LINDO POEMA!!
ResponderExcluirDIGNA HOMENAGEM!!!
VC É ESPECIAL!!
BJS!!
Tenho poucos estudos, não tenho o hábito a leitura, dificilmente me interesso em qualquer tipo de leitura, mas depois que conheci através da internet o grande escritor João Maria Ludugero e seus poemas, minha vida mudou. Estou sempre à procura de novos poemas de sua autoria. Obrigado por existir poeta João Maria. Obrigado.
ResponderExcluirZuca de Otacílio Reis
Prezados amigos,
ResponderExcluirÉ sempre tempo para a poesia… sempre tempo para o amor…sempre tempo para cultivar as amizades… sempre tempo para fazer viagens ao passado, sempre tempo para olhar as pequeninas coisas, para dar e receber pequenos gesto; sempre tempo para parar um pouco… para refletir… sempre tempo para pensar que a vida nos dá sempre um novo começo para de novo começar.
Obrigado pelo incentivo! Sempre arranjarei tempo para vir aqui e escrever para vocês.
Um hiper abraço e que saibamos todos aproveitar bem o tempo que a vida nos dá.
Att,
João Maria Ludugero.