OCEANIZADO
Autor: João Maria Ludugero
O amor brigou comigo.
Rasguei as cartas do amor
Cerquei o coração
Por todos os lados.
Rasguei as cartas do amor
Cerquei o coração
Por todos os lados.
Fiquei de mal a pior.
E pronto, ilhei meu sentimento.
Disse adeus às marés do amor.
E pronto, ilhei meu sentimento.
Disse adeus às marés do amor.
Jurei não mais falar disso.
Mandei o amor à punta que o pariu!
Mandei o amor à punta que o pariu!
Cansados dos meus lamentos,
Das aporrinhações da fossa,
Muy amigos me deram de presente
Uma passagem para ver o mar.
De repente, lá estava eu
Com os olhos marejados
Muy amigos me deram de presente
Uma passagem para ver o mar.
De repente, lá estava eu
Com os olhos marejados
A beber o azul
Mergulhado na beleza do mar,
A me encher de maresia e céu,
A tocar as estrelas,
Atirá-las ao mar,
Ir junto com elas,
Morar nos corais
Junto aos ouriços
E às águas-vivas.
Lá estava eu amordaçado,
Mergulhado na beleza do mar,
A me encher de maresia e céu,
A tocar as estrelas,
Atirá-las ao mar,
Ir junto com elas,
Morar nos corais
Junto aos ouriços
E às águas-vivas.
Lá estava eu amordaçado,
Cheio de tédio na arrebentação,
Querendo me afogar no azul-marinho.
Peguei uma onda. Ela me apanhou,
Alto me levou ao mar aberto.
Mar adentro me achei
Por um mundo desconhecido
No mar imenso, fui bem ao fundo
Senti-me imerso num vazio
Sem tamanho, abissal.
Daí, não pensei duas vezes,
Decidi deixar o amor entrar
De novo, invadir meu peito.
E quando dei por mim,
Já havia dispensado
Querendo me afogar no azul-marinho.
Peguei uma onda. Ela me apanhou,
Alto me levou ao mar aberto.
Mar adentro me achei
Por um mundo desconhecido
No mar imenso, fui bem ao fundo
Senti-me imerso num vazio
Sem tamanho, abissal.
Daí, não pensei duas vezes,
Decidi deixar o amor entrar
De novo, invadir meu peito.
E quando dei por mim,
Já havia dispensado
As garrafas de náufrago,
Esquecido da ideia de me afogar,
Mesmo estando em mares
Nunca dantes navegados.
Escutei meu coração,
Resolvi recomeçar.
Meti o braço a remar,
Mesmo estando em mares
Nunca dantes navegados.
Escutei meu coração,
Resolvi recomeçar.
Meti o braço a remar,
Aprendi a nadar na marra.
Oceanizado, enfrentei meus medos,
Dobrei o cabo das tormentas.
Apesar de toda água que engoli,
O amor me fez repiração boca a boca,
Sobrevivi, e aqui estou eu,
Na crista da onda, de novo
Dizendo sim ao amor, à beira-mar.
Dobrei o cabo das tormentas.
Apesar de toda água que engoli,
O amor me fez repiração boca a boca,
Sobrevivi, e aqui estou eu,
Na crista da onda, de novo
Dizendo sim ao amor, à beira-mar.
Post A Comment:
0 comments:
OS COMENTÁRIOS POSTADOS AQUI SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO COMENTÁRIO.
PARA FAZER COMENTÁRIOS NO VNT:
Respeitar o outro, não conter insultos, agressões, ofensas e baixarias, caso contrário não serão aceitos.
Não usar nomes de terceiros para emitir opiniões, o uso indevido configura crime de falsidade ideológica.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.