Sempre que recorro a eles,
Toda vez que teimo em esmorecer.
E, logo logo me reanimo,
Redobrando o vigor das canelas.
Meu tio João Pequeno,
Fiteiro de aresias, já conversava:
Esse menino ainda me ganha o mundo!
Recordo de sua fala mansa,
Quando profetizava essas coisas.
O tempo passou, passei sebo nas canelas.
Arrebentei as cordas e os cucos,
Quebrei meus cabrestos,
Reviravoltei as ampulhetas,
Arregacei os punhos e as mangas,
Desgarrei-me no real da vida.
Reviravoltei as ampulhetas,
Arregacei os punhos e as mangas,
Desgarrei-me no real da vida.
Mas ainda choro ao lembrar do chão
Dos corredores da minha casa,
Da gaitada de meus irmãos
A zombar de mim, dessas miudezas
Em laços que me acompanham.
Como esquecer das podas
Tão necessárias às roseiras,
Dos botões arrancados do tergal,
Do linho da minha camisa
Da minha avó Maria Chiquinha da Conceição,
Que ficaram esquecidas, largadas num canto,
Num escaninho da estante da sala de estudos,
Depois que ela embora se foi morar com Deus?
Só sei que deve ter um anjo-da-guarda
A me calçar o destino
Que me protege à sombra dos abrigos.
E eu sigo sempre alerta, de mãos dadas
Com a lida, apesar dos perigos
E das cotidianas aleivosias.
Porque aprendi a segurar
Essa mão invisível.
Só sei que deve ter um anjo-da-guarda
A me calçar o destino
Que me protege à sombra dos abrigos.
E eu sigo sempre alerta, de mãos dadas
Com a lida, apesar dos perigos
E das cotidianas aleivosias.
Porque aprendi a segurar
Essa mão invisível.
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