JENIPAPO
Autor: João Maria Ludugero
No quintal da casa
Da minha Avó Dalila
Lá na minha Várzea
Havia um pomar
Cheio de goiabeiras,
Mamoeiros, canas-caianas,
Mamoeiros, canas-caianas,
Pés de pitangas,
Pés de coqueiros
E jabuticabeiras.
Como era bom trepar
Pra colher frutas maduras,
Dá até água na boca
Só de pensar
Só de pensar
Nas carambolas,
Nos tamarindos e pitombas.
Lembrar dos umbus-cajás-mangas
Com travo e doçura.
E quanta falta sinto
Do meu pé de Jenipapo!
Eu o plantei, vi-o crescer,
Eu o plantei, vi-o crescer,
Dar frutos da cor da terra,
Caindo de maduros... Pluft-plaft!
Hoje ele já não existe mais.
Caiu por terra,
Prostrou-se aos golpes
Do machado,
Depois de velho,
Depois de velho,
Virou lenha para a fogueira.
E hoje para matar a saudade
Degusto um licor caseiro
Que traz o sabor agridoce
Do jenipapo.
E assim revivo
tudo outra vez!
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