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DESVARIOS

Meu amigo Juca
Como gostaria que ele 
Parecesse um João-teimoso,
Desses que cai-levanta, cai-levanta 
E ainda equilibrado fica de pé.
Ele prefere querer por trazer 
Um triste olhar fixo pro fundo do peito.
Desses de amor findo, de alvo desfeito, 
Caos de mundo desabado, 
Quando sobra uma dor pungente do tipo 
Que quase provoca aneurisma no coração da gente.
Ele se prostra a fitar o fundo do poço,
Querendo descer junto ao balde,
Com corda, roldana e tudo,
Dizendo nunca mais beber dessa água
Sem antes pintar uma certeza.
Sua pena se torna ainda maior porque
Pensa que o amor é sempre dor sobre a mesa.
Enxugue já essa lágrima, menino, venha brincar! 
Quem foi que disse que o amor é perfeito?
Se um amor se quebrou, ó rapaz,
Se o leite se derramou, partiu-se o vidro,
Não leve seus cacos tão a sério, ao impulso
De querer se matar só por isso. 
Veja-se capaz de arrebentar a corda que te prende,
Não seja mais um elefante amarrado ao piquete
Por não saber da enorme força que tem
Para se desvencilhar do castigo imposto.
Deixe esses cacos pra lá, tenha modos!
Venha para a surpresa do porvir. 
Atire outras garrafas ao mar...
Às vezes para ir ao mar, 
Até um rio muda de leito!
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João Maria Ludugero

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