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ARRIMO

Autor: João Maria Ludugero

E sempre te achegas, de mansinho,
naquelas horas mais precisas,
aquecendo-me as mãos cansadas
como indefesos filhotes de passarinhos.
Então, sinto o teu encosto doce,
as tuas asas de lã de carneiros,
feitas de nuvens branquinhas
e de brilhos de manhã orvalhada.
E do alto vislumbo firmeza ao máximo
quando chegas, sutilmente, a me arribar o espírito
feito um anjo trazendo encostos de plumas,
portador de tanta calma à alma minha, de súbito,
antes mesmo que ela venha do/ente a se curvar ao frio da dor
repousando nas horas em que satisfeito me aprumo.
Assim como um raio de sol na tarde amena
Só tu vens me arcoirizar a retina sob a chuva,
Reverdecendo flor/esta adentro em ânimos.
Nenhuma paisagem afora,
nenhuma escultura em talha,
nenhuma escrita, rabisco ou engenho 
nenhuma pintura íntima ou rascunho...
Nenhuma poesia represada em pauta
terá sido em vão,
só por causa do calor
que emana de tuas asas,
que dissipa sombras e tédios
que não me deixa fraquejar nem esmorecer,
embalado de novo por um sorriso,
compartilhado por todos
os tempos
desde a ventania ao tornado,
alertando-me acerca das pessoas e dos alentos
que achas urgente e que devo abraçar!
Assim, a ti logo me recosto, meu porto seguro,
sei que posso em ti me arrimar!
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João Maria Ludugero

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