Superado o pior momento da crise de sangramento por cirrose alcoólica, a vida de Sócrates (que está acordado desde a noite desta quarta-feira) passa a depender de uma restauração do próprio fígado. Com o órgão funcionando razoavelmente bem, os próximos passos levarão o ex-jogador a uma decisão delicada: entrar na fila para transplante, receber doação de parente vivo ou optar pela recepção de um “órgão marginal”.
Qualquer uma das opções ”requer uma reflexão ética”, sugere o médico Raymundo Paraná, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia e chefe do Departamento de Fígado da Universidade Federal da Bahia.
“Antes de entrar na lista de espera, o paciente alcoólatra precisará passar pela abstinência de seis meses e um laudo psiquiátrico deverá garantir que não haveria risco de recaída ao vício”, explica Paraná. “Mas o paciente precisa demonstrar condição clínica para ser submetido a um transplante. Se o fígado não estiver funcional, o transplante não poderá ser realizado”, avisa o médico.
A discussão ética avança para outras modalidades de transplante de fígado realizadas no Brasil. A mais controvertida parece ser a denominada “intervivos”:
O paciente não precisa entrar na fila do sistema nacional de transplantes. Um doador vivo se apresenta e se qualifica por exames médicos a doar parte de seu fígado ao receptor.
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