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PROEZAS AO LUSCO-FUSCO



Autor: João Maria Ludugero

Rosa menina faceira
Da cor do juízo que me leva ao pecado,
Diva morena que me queima
E me espeta a pele, de súbito.
Comparando boca e flor
Há tanta vermelhidão, constato,
Que chega a formar outra cor.
Dominado, entro em êxtase
No terreno da imensidão
Desse estranho amor encarnado. 
 Teus lábios, ainda que cerrados,
São um convite infinito à liberdade.
Dou-te cartaz, teu olhar me algema,
E tens o condão de me prender numa cela aberta
Numa camisa-de-força, louco e lúcido,
Coração a dentro, veias, vasos e capilares,
Nem tento fugir, desvencilhar-me
Ou profundo mergulhar 
Nas águas verdes-musgo
No açude do Calango, nem pudera,
Pois num beijo mais que ardente
Me levas a molhar a alma incandescente
No açude nascente de tuas proezas.
E logo o sol poente vem se deitar no teu colo desnudo,
E ao lusco-fusco laranja adormeço pagão feito um anjo
Nesse solene e divino crepúsculo estelar,
Mergulhado pleno no carmim da tua boca de Vênus.

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João Maria Ludugero

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