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O Voo do Colibri - Por João Maria Ludugero

Sabe de uma coisa,
sabe que eu ando assim
parecendo aquele pássaro
que brinca de helicóptero...
Eu vou pairando no ar,

dando sentido às palavras sisudas.
Calado, elevo-me, não carrancudo,
sentindo letras em néctares
saindo da penumbra da moldura
feito disposto colibri de flor em flor,
pensando em beber o arco-íris,
desses que as tintas do sol 

tingem em gotas de chuva,  
compondo-me um pote de alegria avivada
em redonda ressonância.
Acho que ando afoito redemoinho
a se perder sem destino no céu
com o desejo de ser aragem
a me perder por aí, poeira, pó,
bem mais que brisa de passagem,
consentindo-me a ficar de bobeira,
à toa na vida, vaidoso avoante ao léu.
Assim, consigo ganhar o mundo!
Ao longe e ao perto desbravo
o horizonte

que treme-treme em minhas asas.
Encontro-me, dentro do alto, firme.

O rosto da terra se renova em lavras.
Liberto-me embevecido em orvalhos.
Um ouvido desperta noutro ouvido,
uma língua se acentua noutra língua
a pulsar desejos em órbita e poesia.
É para o meu bico esse ardor soberano
que me dita inebriantes palavras

que afinal me dão azo ao voo,  
quando eu quero é mais 
perder largamente o juízo!
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João Maria Ludugero

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1 comments:

  1. Sensacional sua poesia, ó poeta João Varzeano!
    Simplesmente adorei, com todas as letras.
    Bom fim de semana!
    Abraços,
    Severino

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