O ministro do Esporte, Orlando Silva, esclareceu nesta terça-feira na Comissão de Fiscalização, na Câmara dos Deputados, as denúncias feitas contra ele veiculadas pela revista "Veja".
O minsitro negou as acusações e disse que a narrativa feita pela revista é falsa. " A narrativa é fundada em mentiras, em inverdades. Considero grave o fato de que acusações foram negadas, mas aquele veículo de comunicação não considerou este fato. Afirmamos que as acusações são falsas e que vamos tomar medidas judiciais para repor a verdade".
Silva se referiu ao policial militar João Dias Ferreira, que é filiado ao PCdoB e acusou o ministro de comandar um esquema de desvio de dinheiro do projeto Segundo Tempo, como desqualificado.
Silva disse que o Ministério do Esporte assinou dois convênios com ONGs que estavam sob a responsabilidade de Dias, um em 2006 e outro em 2007. Os convênios seriam para que crianças e jovens em situação de risco fossem atendidos pelo Programa Segundo Tempo, criado pelo governo federal para incentivar a prática de esportes nesse segmento da população. O ministro afirmou que quando detectou irregularidades nos convênios das ONGs, exigiu que o dinheiro público fosse devolvido.
" Os convênios foram realizados em estapas de treinamento, licitação para compra de material, alimentação e uniformes e quando começamos o trabalho de fiscalização e cobrança, vimos que os objetivos do convênio não estavam sendo cumpridos. Então nós autorizamos as dirigências a colher informações e sistematicamente a ONG adiava a apresentação das contas. Nós não só fiscalizamos, mas pedimos a devolução do dinheiro público".
Orlando Silva disse que o policial militar não tem provas contra ele. Ele afirmou que solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que um inquérito fosse aberto na Polícia Federal para apurar as informações da revista. Ele disse que abrirá sigilo bancário, telefone e contas para a apuração e disse que sabe qual é seu "compromisso ético".
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