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BREJEIRO, por João Maria Ludugero

Quero porque quero 
Emaranhar-me nesse amor brejeiro, 
Essência, flor/esta da paixão
'Quiliaros' caminhos
Que levam aos ariscos
Riacho do Mel a escorrer, 
Doce Maracujá 
Quero colher e ser colhido,
Manga madura no pé,
Apanhar caju e castanha
De manhãzinha... nascer com o sol
Basta me dar leite azedo com melado,
Rapadura, feijão, farinha torrada 
E uma hora de rede na tarde amena
Deitado à sombra 
Do meu pé de graviola.
Na verdade, peço muito pouco.
Preciso de nada mais não!
Dê-me um prato de coalhada todo dia,
Umas tapiocas recheadas de coco, 
Um punhado de peitos-de-moça, 
grudes de goma na palha de bananeira 
e uma fornalha de carrapíchos
Que eu cerco o mundo
Num instante, ligeiro, 
Só p'ra os bichos não se perderem
Da minha Várzea das Acácias!
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João Maria Ludugero

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