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O AMOR NÃO É CEGO, por João Maria Ludugero

Até quando em silêncio 
teu olhar me inteira, me completa
e me faz ouvir alto, 
bem enxergo teu rosto
não importa a venda nos olhos,
revido à vista, de súbito, desta feita
e passo a te contemplar em contrapartida
quando me tocas cítaras na tarde amena
e vai-vais me envolvendo em essências
assim sem carecer de pedir licença,
vais me soltando do lugar-comum. 
É feito um doce olhar de lambe-lambe
a me captar o instante e a imagem, 
opto a fazer tantas poses, em flashes,
a me esquivar dos vãos da cabeça,
à torta e à direita, me atiço, 
rodopio o corpo em teu fitar 
sem cair no marasmo.
Isso mesmo! 
Voamos cúmplices. 
Não há nada lento em nós 
e é o fluir dessa imaginação em foco
que nos leva a bailar, dentro do alto, 
a dançar bem aquecidos em lumes 
como quem evapora vultos em fragrâncias.
E soam tantos acordes livres no ar
que aveludam o instante numa lida, 
que mais parece livro de ouro aberto
traduzindo poesia e sonhos de valsa
aos quatro cantos do mundo, acordados 
para sempre agora-já!
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João Maria Ludugero

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