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SÉRIE MIL POEMAS: EU, POETA VARZEANO?!

SÉRIE: VÁRZEA EM MIL POEMAS:
EU, POETA VARZEANO?!

Eu, poeta varzeano?
Sou sim, senhor!
Não nego que tenho não um pé,
mas o corpo todinho na minha Várzea das Acácias.
Calejado, assim nenhum pouco rachado,
que nada, sou eu apenas inteiro,
alguém que peleja a inventar
uns versos por devoção.
Versos quebrados, simples, fáceis, singelos
de rimas pobres,
de rimas pequenas
ou até sem rimas, mas
tecidos com as cordas em fibra
no tear do coração, nicho
de onde elas brotam aos acordes
fluindo assim solenes, livres e serenas,
depois de muitos sóis,
depois de tantas luas.
Sou poeta varzeano, sim senhor, sim senhora,
com versos advindos da tarde amena, da esquina
da casa simples e modesta deste tão rico menino traquinas
que trago comigo, de certo, que me conduz pela mão,
que cresceu nas ruas de Ângelo Bezerra,
que jamais descansa nem esmorece cedo
diante do empenho de catar as achas, a lenha
que ora queima ardente feito fogueira a crepitar
dentro de tantas outras coisas presas na lembrança viva
e na saudade que não recua desta Várzea que ainda me nina.
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João Maria Ludugero

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