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VAPOR, por João Maria Ludugero

E, de repente, 
de uma hora para outra,
tcham, tcham, tcham, tcham!...
Não é que a miragem 
congelou-se em páginas!
Eis que o vento soprou, 
uivou longe, bem longe 
levando nossos 
papéis de bala?!
E cadê aquela menina 
trombuda de outrora,
esfuziante e faceira 
que só vendo, tão viçosa, 
onde será que evolou seus perfumes 
onde escondeu sua cara? 
Como não há movimentos 
que perdurem,
furtou-se das cores, 
saiu de cena, ao vapor.
Até soube que ora vegeta sisuda, 
emoldurada boneca de luxo,  
não passando de renomada e etérea 
senhora do rosa-chá.
E aquela valsa volátil ficou 
lá nas nuvens, acolá
naquele já passado, 
tão distante, 
aguardando, quem sabe, um dia
se desmanche, cheia do céu,
e descambe na forma 
de chuva ácida.  
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João Maria Ludugero

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