Revolvo a terra,
adubo a Várzea das Acácias,
planto uma algarobeira
com uma simples semente
retirada de uma vagem doce e quieta.
Derramo umas gotas de água, e aguardo.
De sol a sol, pouco a pouco,
depois de muitas luas,
de folha em folha,
o verde cresce.
Enquanto o tempo
desenha linhas
em meu rosto,
minha árvore se transforma
a adornar a praça
de esperanças novas
que vão ao encontro
do meu poema vivo.
Suas letras são folhas e flores,
são oxigênio e beleza
que soam feito cantiga
que anima a vida passante
a cada ruga que nasce no meu semblante.
Enquanto a algarobeira se retorce ao tempo
de casca grossa e raízes bem fincadas,
eu me consinto a zanzar por aí
plantando outras sementes.
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