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VÁRZEA: UMA CIDADE QUE NÃO SAI DE MIM, por João Maria Ludugero



Que vontade que dá,
Varzeaninha,
De ir correndo para o meu lugar,
Vontade de ficar na calçada da igreja
Onde o sol à tardinha faz sombra,
Onde a noite traz pirilampos
Onde vou ao Joca lavar meus pés
Onde bebo na cuia água de cacimba
Onde só não me sinto sozinho:
Tenho um magote de moleques a brincar,
Vizinhos a jogar conversa fora 
No oitão de casas tão singelas
A fitar a vida de que se enamora
Indo ao encontro da praça se espreguiçar
Na graça que só existe ali
Na esquina dos Bentos,
No silêncio das quatro bocas
Dos becos da rua da pedra
Na saudade que me leva faz tempo pra lá,
A subir, a descer a Travessa Brasiliano Coelho
Na vontade de ir pra minha Várzea,
Vontade de ficar na minha,
Caminhar pelo açude do Calango,
Onde o sol à tardinha se deita 
Onde a noite cadencia estrelas,
Onde o luar 'quilareia' as estradinhas de chão,
Onde há néctares e sumos de cajá, cajú, umbu
Onde só não me sinto sozinho ao Vapor,
Porque o amor fez morada ali, 
Bem pertinho do meu lugar, 
Bem ali na minha Várzea amada,
Onde São Pedro no alto se faz sentinela.
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João Maria Ludugero

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