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CABEÇA FEITA, por João Maria Ludugero

Eu faço poemas assim, 
em voz alta dentro do peito, 
para toda a gente ouvir. 
Eu me dito poesia todos os dias 
antes mesmo do amanhecer. 
Aos domingos e à semana, ao fim da tarde, 
para ajudar o sol a se deitar ao crepúsculo. 
Eu gosto desse encontro que anima as palavras. 
Elas, por sua vez, me permitem inventar outras saídas 
e, por mais que me prendam as paredes, 
atravesso os labirintos da lida, de sorte, 
continuo a abrir janelas, celas e algemas. 
A poesia me desata os nós das ideias, 
aquece a cama de todos os lados 
e me acomoda a cabeça inquieta 
sob as penas do travesseiro. 
A poesia, mesmo silenciosa, ecoa 
e insiste em chegar ao papel 
e assim vou escrevendo, de súbito, 
o que me dita a inspiração. 
Eu respiro fundo, encho os pulmões 
e grito contente: Sou poeta!
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João Maria Ludugero

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