Eu abria porteiras lá na Várzea,
eu jogava bola, de pé no chão,
eu andava e voava na capoeira,
inventando bichos a completar a paisagem
seguia com as nuvens dos ariscos ao Vapor:
criando bois, cavalos, carneiros e cabras.
Eu ganhava o mundo
pelas quatro bocas,
eu nadava no rio Joca
desnudo, mas vestido
de esperanças novas.
Eu corria os olhos pela manhã
carregando o sol nos ombros,
pegando o impulso no arranque
de rolimã numa ladeira, de súbito,
no intuito de me viciar nessa ilusão
mirando nas coisas de maior valia,
aquelas que são bonitas de nascença
como a gente as vê, de dentro, de certo,
assim tão simples se mensuradas de perto
a partir do coração de quem sabe ser rico.
Foi por ter assim vivido, livre, leve e solto,
que ora me acho, não dono de botijas de ouro,
mas feliz por me sentir assim um cara de sorte
pra lá de afortunado, dono de uns tantos tesouros
que não se acabam quando se exaure o dinheiro.
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