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O VALOR DAS COISAS DO INTERIOR, por João Maria Ludugero

Eu abria porteiras lá na Várzea,
eu jogava bola, de pé no chão,
eu andava e voava na capoeira, 
inventando bichos a completar a paisagem 
seguia com as nuvens dos ariscos ao Vapor: 
criando bois, cavalos, carneiros e cabras. 
Eu ganhava o mundo 
pelas quatro bocas, 
eu nadava no rio Joca 
desnudo, mas vestido 
de esperanças novas. 
Eu corria os olhos pela manhã 
carregando o sol nos ombros, 
pegando o impulso no arranque 
de rolimã numa ladeira, de súbito, 
no intuito de me viciar nessa ilusão 
mirando nas coisas de maior valia, 
aquelas que são bonitas de nascença 
como a gente as vê, de dentro, de certo, 
assim tão simples se mensuradas de perto 
a partir do coração de quem sabe ser rico. 
Foi por ter assim vivido, livre, leve e solto, 
que ora me acho, não dono de botijas de ouro, 
mas feliz por me sentir assim um cara de sorte 
pra lá de afortunado, dono de uns tantos tesouros 
que não se acabam quando se exaure o dinheiro.
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João Maria Ludugero

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