Com o título: Com infraestrutura precária, cidade potiguar vive entre luxo turístico e miséria do povo.
Quem chega à entrada do município de Tibau do Sul (a 70 km de Natal) não imagina que, a 19 quilômetros dali, terá acesso a um dos mais bonitos e visitados paraísos naturais do Nordeste, onde está a famosa praia de Pipa, no litoral sul do Rio Grande do Norte. .
Apesar da fama internacional que atrai milhares de europeus todos os anos ao destino, Tibau do Sul não esconde seus problemas. A cidade tem diversas ruas sem calçamento ou esgoto, moradias precárias e acumula queixa dos moradores, que reclamam da diferença no tratamento dado à parte turística --urbanizada e bem cuidada-- em comparação ao dado à periferia da cidade. .
Apesar do turismo forte, a renda média da população é inferior à média potiguar. Com 11 mil habitantes, Tibau do Sul tem PIB (Produto Interno Bruto) per capita de R$ 6.115, menor que o valor do Rio Grande do Norte, que fica em R$ 8.893. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), referentes a 2009. .
O UOL visitou Tibau do Sul dentro do projeto UOL pelo Brasil --série de reportagens que percorre municípios em todos os Estados do Brasil durante a campanha eleitoral deste ano. A reportagem viu de perto que a cidade é a essência do contraditório, com o luxo exuberante de resorts e restaurantes finos, e a pobreza extrema que ainda domina praticamente toda a periferia tibauense. .
No caminho para a praia da Pipa, antes de se debruçar com as belezas naturais, o viajante encontra um cenário que não foge àquele típico encontrado em cidades pequenas do Nordeste, com infraestrutura bastante limitada. .
No loteamento Bela Vista, por exemplo, não faltam problemas. A começar pelas ruas de terra e casas que ameaçam desabar. Segundo os moradores, na eleições de 2008, uma das principais promessas dos políticos era construir moradias populares para retirar as famílias da condição precária em que vivem. Mas elas não foram cumpridas. .
“A cidade tá precisando melhorar mais. Tá faltando trabalho, muita gente desempregada, pedindo aqui nas casas. Tá faltando casa, a minha mesmo é de taipa. As dos meus vizinho, podem ir ver, estão tudo assim. O tratamento aqui é muito pouco. Falta educação e falta atendimento no posto de saúde”, reclama a dona de casa Michelane da Silva Barbosa, que relata a diferença no tratamento entre a parte nobre e a parte pobre da cidade. "É muito diferente", pontua. .
Durante a visita do UOL ao bairro, pelo menos quatro casas visitadas tinham problemas estruturais graves. A pior condição era a residência da dona de casa Maria Goreti da Silva. "Tem buraco por todo canto, entra rato, marimbondo, é um inferno. Isso não é uma casa para ninguém morar", reclama, mostrando o telhado com parte desabada.
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