Minha gente é guerreira, vive a pelejar:
vida que poetiza a arte de lutar...
Queima de paixão, maracujá,
alvorecer nas labaredas do agreste.
O sonho é uma verde esperança
na voz encantada da multidão...
meu corpo está onde pulsa o coração;
com ele caminho, entre amores e sonhos,
tecendo com poesia uma só pra me ninar
no canto do povo que ainda ousa sonhar
com as flores que ainda nascem na Várzea.
E a vida renasce numa corrente de revolução...
Uma centelha entre sonhos, brilha, caminha,
nela, a ternura se aninha e o porvir
rompe as algemas nesse novo tempo de despertar
que se renova no embalo do vento pelas ruas,
renasce... pulsa... batalha...acorda
nas artérias do sonho varzeano,
na magia da aurora, que chega
irradiando luzes das suas mãos calejadas
em ramos emaranhados da lida:
vida que poetizando a amizade
cria, pouco a pouco, o amor que vinga
numa nova varzeanidade
que aflora pelas quatro bocas...
E desse chão vejo brotar
o homem do povo, disposto
a arregaçar as mangas
e fincar sua bandeira
junto aos cactos e às flores do caminho;
numa vida que é voz, canto e trincheira
dos que na vida labutam
pela paz verdadeira,
e apesar de toda agonia, há os que esperam
para juntos tecerem um mundo de irmãos...
porque ser varzeano é isso, é ser forte,
é algo que está na veia, dentro,
é o que fica para contar
a genuína e real história
de quem ama esse chão
de São Pedro Apóstolo!
Sonho ou Utopia?
ResponderExcluirDeveria haver um lugar onde todo o ser humano pudesse viver livremente como um cidadão do mundo. Um lugar onde o despertar do homem e o seu progresso interior se fizessem na harmonia entre o corpo e o espírito. Um lugar onde as artes se encontrassem a fim de acordar as consciências. Um lugar consagrado a criar relações de fraternidade entre os homens e a fazer prevalecer a paz no mundo.