O promotor Wendell Beetoven Ribeiro
Agra, da promotoria de controle externo da atividade policial, quer
saber que medidas o governo do Estado deve tomar para preencher cerca de
3,8 mil vagas em aberto, previstas em lei, para a Polícia Militar do
Rio Grande do Norte. Segundo ele, o efetivo da PM/RN tem ficado cada vez
menor e o Estado não tem demonstrado como irá repor ou promover
concurso para preencher tais vagas. O comandante geral da corporação, o
coronel PM Francisco Araújo Silva, diz que novas seleções para os
quadros da força policial não estão previstas porque o Estado
encontra-se no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em
portaria publicada no Diário Oficial do Esado (DOE) desta terça-feira
(16), Wendell Beetoven abre inquérito civil para apurar que providências
o governo estadual deve adotar para preencher 3.783 vagas previstas em
lei para a PM/RN. O promotor explica que o efetivo da corporação deveria
ser de 13.466, mas, em dezembro do ano passado, ele era de 9.683. "E
esse número vem decaindo desde então, devido à aposentadoria ou morte de
policiais".
Para
o promotor, essa deficiência no efetivo gera problemas para o
policiamento, sobretudo no interior do RN. "Tenho vários procedimentos
em minha promotoria que apuram falta de policiais em pequenas cidades e o
fato de vários outros serem cedidos para outros órgãos". Para Wendell
Beetoven, o governo estadual precisa criar um plano de reposição
permanente do pessoal que serve na PM/RN, poque "os policiais vão
envelhecendo, se aposentando, alguns morrem e outros exonerados, mas
suas vagas não são repostas. É preciso haver concursos periódicos para
preencher o vazio deixado por esses policiais que se afastam".
Por
sua vez, o comandante da PM diz que a realização de novos concursos
para preencher as vagas existentes no efetivo da corporação esbarra na
Lei de Responsabilidade Fiscal. "Não há previsão por causa do
impedimento legal", assevera Araújo Silva.
Wendell
Beetoven argumenta, porém, que a Lei de Responsabilidade fiscal
restringe a nomeação de policiais para substituir as vagas já deixadas,
"pois não há aumento de despesa. E, ainda que tivesse, o Estado não pode
para sempre dar essa desculpa. É preciso que se faça um planejamento
para que se saia do limite prudencial e comece a contratar novo
efetivo".
O
promotor adianta que deve abrir um procedimento semelhante para cobrar
contratações para a Polícia Civil potiguar, que "está numa situação
muito pior que a PM. Essa última, pelo menos, tem deficiência de 30% do
efetivo previsto em lei. A outra, a situação é inversa: a Civil está com
70% dos cargos vagos". Wendell Beetoven chama ainda a atenção para uma
portaria publicada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e
Defesa Social no DOE da última sexta-feira (12), adiando a validade do
concurso da Polícia Civil homologado em 2010 por mais dois anos. "Agora
os concursados que esperam a nomeação só podem cobrar a imediata
contratação na Justiça em dezembro de 2014".
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